brasília em chamas

Deputados querem ouvir integrantes de igreja de Maceió na CPMI dos Atos Golpistas

Templos evangélicos suspeitos de financiar golpe serão investigados
Por Redação com Fórum 05/06/2023 - 07:45
Atualização: 05/06/2023 - 08:09
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Agência Brasil
Atos de vandalismo e terrorismo praticados em Brasília, em janeiro, por bolsonaristas extremistas
Atos de vandalismo e terrorismo praticados em Brasília, em janeiro, por bolsonaristas extremistas

Os deputados Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) e Erika Hilton (Psol-SP) querem depoimentos de envolvidos com suposto financiamento por parte de igrejas evangélicas a participantes dos atos golpistas do dia 8 de janeiro. 

Entre as citadas está a Igreja Batista de Maceió (AL). Os parlamentares do Psol protocolaram seis requerimentos sobre o tema para serem apreciados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas.

Erika Hilton e Pastor Henrique Vieira
Erika Hilton e Pastor Henrique Vieira

Nos pedidos feitos por Vieira e Erika são citadas reportagens em que presos da Polícia Federal afirmaram terem sido financiados por diferentes templos evangélicos.

Além do templo de Maceió, também estão na lista, a Igreja Presbiteriana Renovada (MT) e a Assembleia de Deus de Xinguara (PA). 

A próxima reunião do colegiado está marcada para terça-feira (6) e deve votar os requerimentos apresentados. Também deve ser apresentado o plano de trabalho proposto pela relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). 

Na primeira sessão da CPMI, realizada em 25 de maio, Eliziane afirmou que o foco da investigação serão os autores intelectuais e financiadores.  Segundo ela, é "muito claro que houve planejamento e orientação prévia".

O caso

Evangélicos bolsonaristas que viajaram a Brasília para participar do ato antidemocrático do dia 8 de janeiro relataram, em depoimentos prestados à PF, que igrejas de diversos estados do país bancaram os ônibus e organizaram as caravanas para irem ao evento.

Foi em um desses depoimentos que um pastor de uma Igreja Batista de Maceió foi citado por um homem preso nos atos antidemocráticos como sendo o seu financiador. Ademir Almeida da Silva, disse à PF que recebeu R$ 400 mensais e citou o nome do pastor Adiel Brandão de Almeida, como sendo o pagante.

O pastor negou que financiava os atos, mas disse que “cooperou” com a viagem de Ademir, pois ele estaria com pouco dinheiro. Porém, disse que essas despesas não tiveram relação com a Igreja.

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