SEM PREVENÇÃO

Cobertura vacinal em crianças cai nos municípios alagoanos

Governo lança projeto 'vacina+' para acompanhar dados da vacinação no interior
Por Tamara Albuquerque 21/06/2023 - 13:04
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SMS/Maceió
VAcinação contra a paralisia infantil cai em Alagoas
VAcinação contra a paralisia infantil cai em Alagoas

A cobertura vacinal contra a poliomielite (paralisia infantil) em crianças residentes em Alagoas está em queda. Em 2021 a vacinação atingiu 70,2% do público-alvo, enquanto que em 2015, o estado tinha 98,3% das crianças vacinadas contra a doença. O mesmo ocorre com outras vacinas. A cobertura da primeira dose (D1) da vacina tríplice viral – que protege contra sarampo, caxumba e rubéola – caiu de 96,1% para 74,4% no mesmo período. Já a cobertura da vacina pentavalente – contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo B – passou de 96,3% para 70,6% até novembro do ano passado.

Para tentar reverter o quadro, considerado crítico e de risco para reintrodução de doenças no estado, a Secretaria da Primeira Infância criou o projeto Vacina+, uma espécie de censo entre municípios que não atingiram a meta de vacinação. De fevereiro a maio de 2023, foram analisados 2.112 cartões de vacina e detectados 996 em atraso, segundo a secretaria.


O programa prioriza a prevenção de doenças, como paralisia infantil, difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, influenza, sarampo, caxumba, rubéola, pneumonias e bronquiolites (pólio, penta, tríplice viral e pneumocócica) tendo como público-alvo crianças menores de dois anos com cobertura vacinal preconizada pelo Ministério da Saúde.

A parceria envolve os municípios, por meio dos agentes de saúde, que recolhem o cartão de vacina das crianças. A equipe do Programa Nacional de Imunização (PNI), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), analisa os documentos e indica se há atraso. Com o Vacina+, o Cria contribui para diminuição e/ou erradicação de doenças imunopreveníveis.

A secretária da Primeira Infância, Paula Dantas, lembrou que para a maioria das vacinas a cobertura vacinal deve alcançar 95% ou mais do público-alvo, para deixar as crianças protegidas. “Vacinar é um ato de responsabilidade. Enquanto médica, precisamos esclarecer a população sobre a importância da vacina, principalmente, quando falamos das nossas crianças”, afirmou Paula.

O programa detectou que a taxa de resolutividade do município de Paripueira alcançou 85%, em Messias (84%) e em Cajueiro (55%). Já a resolutividade de Jundiá, São Miguel dos Campos, Belém e Joaquim Gomes será compartilhada até o dia 30 de junho.



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