EFEITO CASCATA
Corregedor: não existe 'varinha de condão` para resolver desastre da Braskem em Maceió
Ministro Luís Salomão disse que estava surpreso com quantidade de problemas em `efeito cascata` que envolve o casoO corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, que está em Maceió para fazer um diagnóstico dos problemas relacionados ao desastre provocado pela Braskem na cidade, classificou como complexa e multifacetada a crise envolvendo o tema, destacando que os problemas relacionados à realocação das famílias e suas consequências não têm solução fácil. Em entrevista à Folha de S.Paulo nesta quinta-feira, 18, o ministro falou que "não existe varinha de condão para resolver os problemas imediatamente", mas afirmou que a equipe está trabalhando par apresentar respostas rápidas para a sociedade.
O ministro também disse que estava surpreso com a quantidade de problemas em efeito cascata que envolve o desastre e vão muito além das ações de indenizatórias, do ressarcimento das famílias ou da retirada das pessoas das áreas de risco.
Salomão desembarcou em Maceió na última quarta-feira, 17, com representantes do Observatório de Causas de Grande Repercussão, colegiado composto por pelo Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público para acompanhar a atuação dos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo local no caso Braskem.
Ainda no primeiro dia da missão foi definido um plano de apoio operacional para reforçar as equipes da Justiça Federal em Alagoas, onde tramita o maior número de processos relacionados ao caso Braskem. O objetivo é buscar alternativas que agilizem o trâmite das ações que envolvem o desastre.
Somente no Tribunal de Justiça de Alagoas o caso acumula pouco mais de mil processos em andamento. Nesta sexta-feira, 18, a equipe tem agendado reunião com representantes da Braskem seguida de
visita aos bairros atingidos na cidade.
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