POLÍTICA

Veja como votaram os senadores de Alagoas na PEC das Drogas

Dos três senadores que representam o estado, dois votaram contra e um, a favor
Por Redação 16/04/2024 - 21:26

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© Roque de Sá / Agência Brasil
PEC teve 53 votos favoráveis e nove contrários no primeiro turno, e 52 favoráveis e nove contrários
PEC teve 53 votos favoráveis e nove contrários no primeiro turno, e 52 favoráveis e nove contrários

O Senado aprovou nesta terça-feira, 16, em dois turnos, a proposta que inclui na Constituição Federal a criminalização da posse e do porte de qualquer quantidade de droga ilícita. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) teve 53 votos favoráveis e nove contrários no primeiro turno, e 52 favoráveis e nove contrários no segundo turno.

Os senadores alagoanos, Fernando Farias (MDB), Renan Calheiros (MDB) e Rodrigo Cunha (Podemos) participaram da votação. Veja como os políticos votaram:

1º turno


Fernando Farias (MDB) - Não
Renan Calheiros (MDB) - Não
Rodrigo Cunha (Podemos)- Sim

2º turno


Fernando Farias (MDB) - Não
Renan Calheiros (MDB)- Não
Rodrigo Cunha (Podemos)- Sim

As propostas de emenda à Constituição devem ser aprovadas em dois turnos de votação, precedidos de cinco e duas sessões de discussões em Plenário, respectivamente, para entrarem em vigor. Uma PEC é aprovada quando acatada por, no mínimo, três quintos dos senadores (49 votos), após dois turnos de deliberação.

Após aprovada no Senado, a proposta seguirá para a análise da Câmara dos Deputados. Para que a mudança seja incluída na Constituição, a PEC precisa ser aprovada nas duas Casas do Congresso.

O que muda com a PEC

Apresentada pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a PEC acrescenta um inciso ao art. 5º da Constituição Federal para considerar crime a posse e o porte, independentemente da quantidade de entorpecentes e drogas sem autorização ou em desacordo com a lei. 

Segundo a proposta, deve ser observada a distinção entre o traficante e o usuário pelas circunstâncias fáticas do caso concreto, aplicando aos usuários penas alternativas à prisão e tratamento contra dependência.

Pacheco esclareceu que a PEC faz uma ressalva sobre a impossibilidade da privação de liberdade do porte para uso de drogas. “Ou seja, o usuário não será jamais penalizado com o encarceramento”, disse. Ele também destacou que a utilização de substâncias derivadas de drogas ilícitas para uso medicinal não será afetada pela PEC.

Atualmente, a Lei nº 11.343, de 2006, conhecida como Lei das Drogas, estabelece que é crime vender, transportar ou fornecer drogas. A pena é de reclusão de cinco a 15 anos, além de multa. 

Adquirir, guardar, transportar ou cultivar drogas para consumo pessoal também é considerado crime pela lei atual, mas neste caso as penas previstas são advertência, medidas educativas e prestação de serviços à comunidade. A legislação não estabelece uma quantidade de entorpecentes que diferencie os dois delitos.

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