O vereador João Catunda (PP), usando o cargo de presidente da Comissão de Educação, Cultura, Turismo e Esportes, denunciou na sessão desta terça-feira, 7, na Câmara de Maceió, a dificuldade de acesso à informações na Secretaria Municipal de Educação (Semed), que funciona como uma caixa-preta, guardando dados sobre programas e ações da pasta não disponibilizados aos vereadores. 

Catunda solicitou por requerimento que a secretária Jó Pereira, responda num prazo de 72 horas aos questionamentos feitos pela Comissão, conforme prerrogativa em vigor, sobre temas solicitados para que os vereadores possam conhecer e defender os interesses da população.

Segundo ele, a queixa sobre a falta de informações requisitadas à Semed é geral por parte dos vereadores. Ele enfatizou que algumas denúncias precisam ser esclarecidas pela pasta, como as ações e privilégios garantidos pelo governo JHC às Organizações da Sociedade Civil (OSC), que hoje administram programas em creches municipais, como os Gigantinhos, por exemplo. Segundo o vereador, essas OSC conseguem ter privilégios em detrimentos de outras fundadas há anos em Maceió e que já realizam trabalhos com as comunidades.

Catunda disse também que recebe denúncias de irregularidades praticadas por essas organizações e que, para cumprir o papel de fiscalizador, é preciso ter acesso às informações. A vereadora Silvania Barbosa (MDB) também engrossou a lista sobre o desempenho das OSC e falou sobre denúncias na administração e irregularidades praticadas com os profissionais nas creches. Segundo ela, no Benedito Bentes os profissionais não podem usar o celular no trabalho e em outras creches há falta de assistente de classe, o que já levou mães de alunos a assumir o trabalho para não ver a turma parada.

Catunda lembrou que a falta de transparência nas ações da Semed pode comprometer a imagem do prefeito JHC e dificultar a gestão na área.

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