OPERAÇÃO MALIGNO

AL: Porsche apreendida com líder de quadrilha está no nome de Daniel Alves

Veículo avaliado em R$ 828.686,00 foi comprado com dinheiro de fraude
Por Bruno Fernandes 16/05/2024 - 11:43

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Assessoria
Porsche apreendida durante operação do Ministério Público de Alagoas prende Orcrim
Porsche apreendida durante operação do Ministério Público de Alagoas prende Orcrim

A Porsche modelo Carrera 911, ano 2021 apreendida nesta quinta-feira, 16, durante a operação Maligno, do Ministério Público Estadual de Alagoas, contra o líder de uma organização criminosa, em Maceió, continua no nome do ex-jogador da Seleção Brasileira, Daniel Alves.

A operação foi desencadeada contra o líder de uma organização criminosa que tinha sede em uma empresa no bairro da Jatiúca e contra mais quatro envolvidos em uma série de crimes, incluindo peculato, fraude em licitações e contratos, falsidade ideológica, desvio e lavagem de dinheiro público.

Apesar de ser encontrada com o acusado, que não teve o nome revelado, o MPE informou que o veículo, avaliado em R$ 828.686,00 continua no nome do ex-jogador. "Ainda não foi feita a transferência para o líder da Orcrim, segundo a apuração do MPAL", informou a instituição.

A investigação

Durante 14 meses de investigação, conduzida pela Promotoria de Justiça de Cajueiro, foram revelados contratos milionários firmados com 20 municípios alagoanos, movimentando cerca de R$ 243 milhões entre outubro de 2020 e março de 2023. A organização era especialista em fraudar concursos públicos e oferecer facilidades a gestores públicos em troca de propinas.

Conforme o MPE, desse montante, aproximadamente R$ 46 milhões foram identificados como movimentações atípicas, direcionadas para contas pessoais dos criminosos ou para empresas utilizadas na lavagem de dinheiro público.

Os contratos, estabelecidos através de licitações por "carona", foram suspensos após a solicitação do MPAL à 17ª Vara Criminal da Capital, em maio deste ano, como medida para conter prejuízos aos cofres públicos.

A organização criminosa, disfarçada de cooperativa de prestação de serviços, oferecia uma gama de serviços ligados à administração pública, como coleta de resíduos sólidos, limpeza de vias públicas e contratação de profissionais para diversas funções. Tudo isso era parte de um esquema destinado ao desvio de dinheiro público e enriquecimento ilícito dos envolvidos.

A operação Maligno concentrou-se nos crimes de peculato, falsidade ideológica, fraudes em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e organização criminosa, contando com o apoio operacional das polícias militares de Alagoas e Pernambuco, bem como da Polícia Civil de Pernambuco.


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