Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos e candidato à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados, tornou-se alvo de críticas de parlamentares bolsonaristas após manifestar apoio à aprovação do PL das Redes Sociais. Em um evento do Lide realizado em Nova York, Pereira reafirmou seu compromisso com a pauta. As informações são do site O Globo. 

“O Parlamento é o guardião da democracia, da segurança jurídica e do ambiente de negócios. Hoje, como primeiro vice-presidente da Câmara, sigo comprometido para que as propostas em apreciação possam ser aprovadas, como a regulamentação da inteligência artificial e das redes sociais, para combater fake news”, afirmou Pereira na terça-feira.

A declaração gerou forte reação entre os parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante uma audiência na mesma terça-feira, Gilvan da Federal (ES) atacou Pereira, chamando-o de "capacho do Lula".

Nas redes sociais, a oposição ao posicionamento de Pereira ganhou força. Júlia Zanatta (SC) declarou que quem apoia o projeto "não pode ser presidente da Câmara". Deputados como Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP) e Gustavo Gayer (GO) também manifestaram oposição.

“Líder do Republicanos é favorável a um PL que aumenta impostos e ainda financia pautas como ideologia de gênero, aborto e todo o resto da esquerda. Quem votar a favor desse PL não poderá ser presidente da casa”, afirmou Gayer.

O PL, que detém a maior bancada da Câmara, ainda não definiu sua estratégia para as próximas eleições da presidência da Casa, marcadas para o ano que vem. Nos bastidores, o partido tem mantido diálogos com Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e considera a possibilidade de lançar uma candidatura própria com o líder da bancada, Altineu Côrtes (RJ).

Além de Pereira e Nascimento, Antonio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL) também se posicionam como candidatos à sucessão de Arthur Lira.