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Justiça determina prisão de ex-ministro da Educação Milton Ribeiro

Por CNN 22/06/2022 - 08:31
Atualização: 22/06/2022 - 08:35
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Agencia Brasil
Milton Ribeiro
Milton Ribeiro

A Justiça Federal expediu um mandado de prisão preventiva contra o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, nesta quarta-feira (22). O pedido de prisão acontece no âmbito de uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quarta, que tem o ex-ministro como um dos alvos.

De acordo com a PF, a operação “Acesso Pago” tem o objetivo de investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

O mandado de prisão preventiva expedido contra Milton Ribeiro cita os crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. O mandado assinado pelo juiz federal Renato Borelli determina que o ex-ministro seja levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, e que a audiência de custódia seja realizada ainda nesta quarta (22) durante a tarde.

Além do mandado contra o ministro, estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e outros quatro mandados de prisão, distribuídos pelos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal. Além disso, há medidas cautelares, como a proibição de contatos entre investigados e envolvidos.

“O crime de tráfico de influência está previsto no artigo 332 do Código Penal, com pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão. São investigados também fatos tipificados como crime de corrupção passiva (2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses), todos previstos no Código Penal”, informou a PF.

“A investigação iniciou-se com a autorização do STF em razão do foro privilegiado de um dos investigados”, informou a PF em nota. Os policiais basearam a investigação em documentos, depoimentos e no “relatório final da investigação preliminar sumária” da Controladoria-Geral da União (CGU). “Foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas”, afirma a PF.

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