ECONOMIA

Pix poderá ser feito sem conexão à internet, aponta BC

De acordo com a autoridade monetária, a novidade poderá facilitar o pagamento de pedágios, transporte público e outros serviços
Por Com Agências 04/09/2023 - 16:23
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© Marcello Casal Jr-Agência Brasil
PIX movimenta a economia brasileira
PIX movimenta a economia brasileira

O Pix, principal instrumento de pagamentos do país, está prestes a passar por uma transformação que pode revolucionar a forma como realizamos transações financeiras. Segundo o Relatório de Gestão do Pix, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (4), a ferramenta poderá ser utilizada sem a necessidade de conexão com a internet em um futuro próximo. Essa inovação promete facilitar pagamentos em diversas situações, como pedágios, transporte público e outros serviços.

Atualmente, o Pix requer que o dispositivo do usuário esteja conectado à internet para realizar qualquer transferência. A novidade proposta pelo Banco Central tem o potencial de tornar o Pix ainda mais acessível e conveniente, especialmente em situações específicas, como pedágios em rodovias, estacionamentos e transporte público.

O relatório afirma que o uso de novas tecnologias para tornar a experiência de pagamento mais rápida pode beneficiar os usuários, estimulando a adoção do Pix em cenários onde a conectividade é um desafio. Isso significa que muitos negócios que atualmente não podem ser realizados devido à falta de conectividade poderão ser viabilizados instantaneamente, de forma simples, segura e com custos reduzidos.

Outra iniciativa promissora mencionada no relatório é o desenvolvimento do "Pix Automático", uma modalidade que funcionará como um débito automático, mediante autorização prévia do pagador. Previsto para ser lançado em 2024, o Pix Automático permitirá que os brasileiros quitem despesas recorrentes, como contas de água, luz e telefone, sem a necessidade de autenticar cada transação. Além disso, a maior competição entre provedores de soluções Pix deve contribuir para a redução dos custos associados a essas transações.

No que diz respeito ao parcelamento de compras, o Banco Central prevê a possibilidade de realizar parcelamentos por meio do Pix. O relatório esclarece que não existe um único modelo em prática, com soluções que variam desde a vinculação de concessão de crédito pessoal à transação Pix até a opção de pagamento de uma transação Pix na fatura do cartão de crédito. O Banco Central está monitorando o desenvolvimento desse mercado e poderá definir regras mínimas ou criar um produto único no futuro, se necessário.

Outra expectativa empolgante é a possibilidade de usar o Pix como forma de pagamento para o exterior. Atualmente, apenas contas brasileiras estão integradas ao sistema de pagamentos instantâneos lançado em 2020. No entanto, o BC informa que o Pix já foi desenvolvido para facilitar a conexão internacional, seguindo padrões internacionais de comunicação e acompanhando iniciativas globais nesse sentido.


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