O Brasil é um dos países que mais gastam com salários de servidores públicos no mundo. Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), as despesas com salários nos três níveis – União, Estados e municípios – somam 8,9% do PIB, o que coloca o Brasil como um dos países que mais gastam com salários no mundo, à frente de economias desenvolvidas, como França (8%), Reino Unido (7,3%) e Alemanha (5,9%). A proporção também é praticamente igual à de países com serviços públicos muito melhores que os brasileiros, como Espanha e Áustria (9%).
Em 2020, um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) utilizando os mesmos dados do FMI para 2018 mostrou que o País gastava cerca de 13,4% do PIB com salários de servidores nas três esferas. O gasto colocava o Brasil na 7ª posição dos países que mais gastam com servidores, entre 70 países analisados. Há evidências de que este gasto vem caindo nos últimos anos como proporção do PIB, no que diz respeito à União.
O número de servidores em si não é tão grande quando comparado com outros países: são 11,35 milhões de pessoas, ou 12,45% do total dos trabalhadores formais, segundo a organização República.org. A proporção é menor que em vários países da OCDE e é comparável à de outros países latinoamericanos.
A maioria dos servidores públicos está nos Estados e nos municípios. Em geral são trabalhadores que recebem salários equivalentes aos pagos pela iniciativa privada para as mesmas funções. As distorções se concentram entre os servidores da União, em Brasília: estudo do Banco Mundial elaborado a pedido do governo federal mostra que profissionais do Direito chegam a ganhar 80% a mais na União em relação à iniciativa privada.
Em novembro, o Poder Executivo Federal tinha 512,4 mil servidores civis, excluídos os ligados ao Banco Central. A remuneração média dessas pessoas foi de R$ 11,684 mil, já após os descontos (como Imposto de Renda e a contribuição previdenciária) e sem contar verbas indenizatórias. Os altos salários dos servidores da União – tanto no Executivo quanto no Judiciário e no Legislativo – tornam o Distrito Federal a Unidade da Federação mais rica do Brasil, em termos de renda per capita.
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