A Ilha do Marajó, no Pará, voltou ao centro das atenções nesta semana devido a uma canção viral da cantora Aymeê Rocha, que expõe a exploração e casos de prostituição infantil na região, que abriga o município com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil.

Com a volta do assunto, diversos vídeos de moradores relatando casos de exploração sexual de menores na região foram postados nas redes sociais. No entanto, os casos chegaram a ser denunciados em 2022 pela então ministra Damares Alves, mas sem provas.

Naquele ano, Damares Alves mencionou o assunto durante um evento religioso, afirmando que crianças tinham os dentes removidos para prática de sexo oral. Autoridades locais pediram evidências, e a falta delas resultou em uma ação civil pública contra ela, movida por 19 procuradores da República.

Antes disso, Damares lançou o programa "Abrace o Marajó" em 2019, visando mitigar a fome e, consequentemente, a exploração sexual infantil na região. No entanto, recentemente, ela e a União foram acusadas de disseminar informações falsas sobre Marajó em busca de ganhos políticos.

O vídeo de Aymeê Rocha e a mobilização nas redes sociais reavivaram o debate. Apoiadores de Damares ressurgiram, argumentando que suas denúncias, apesar de antigas e sem provas, ganham relevância diante da atualidade dos problemas retratados.

A cantora Soraya Moraes, em apoio a Damares, ressaltou a importância de reconhecer a gravidade da situação e agir de maneira eficaz. Enquanto isso, o Programa Cidadania Marajó busca combater a exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes na região.

"Muito forte! E quando você, Damares, falou sobre isso te ridicularizaram, grandes artistas populares quiseram tirar a credibilidade do que você conhece! Que Deus tenha piedade, mas vamos fazer nossa parte! Este ano tem eleições vamos votar certo"

Influencers se mobilizam

O influencer alagoano Carlinhos Maia veio a público nesta quarta-feira, 21, para falar sobre o caso que está chamando atenção na Ilha de Marajó. A canção retrata, entre outros assuntos, a exploração sexual de crianças que acontecem na Ilha, trazendo uma nova visibilidade para o assunto, além de criticar o posicionamento de líderes religiosos em relação ao que acontece no local.

"Agora eu clamo, por todo um país, que me assiste [...] pesquisem sobre 'Ilha do Marajó', que fica aqui no Brasil e tudo que acontece lá, pesquise. [...] Por favor, não por mim, mas por crianças, as atrocidades que fazem [...]"