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Número de filhos por mulher no Brasil cai 13% nos últimos cinco anos

Maior queda foi entre jovens de 10 a 19 anos (30,8%), mostrando reduz da gravidez na adolescência
Por Roberta Jansen/Agência Estado 08/03/2024 - 11:35

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Agencia Brasil
Número de filhos caiu de 2,9 milhões para 2,5 milhões entre 2018 a 2022
Número de filhos caiu de 2,9 milhões para 2,5 milhões entre 2018 a 2022

As brasileiras estão tendo cada vez menos filhos. O número de filhos por mulher caiu nada menos que 13% nos últimos cinco anos. No entanto, o número teve um crescimento expressivo em uma única faixa etária, daquelas com mais de 40 anos - mostrando que a tendência de postergar a gravidez segue entre as brasileiras e está relacionada ao aumento da escolarização e à maior participação no mercado de trabalho.

Os números estão na pesquisa Estatísticas de Gênero, divulgada nesta sexta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, pelo IBGE.

De uma forma geral o número de filhos caiu de 2,9 milhões para 2,5 milhões entre 2018 a 2022. O maior número de nascimentos ocorre entre as mulheres de 20 a 29 anos de idade, mas a trajetória é de queda. Em 2018, foram 1,4 milhão de bebês contra 1,2 milhão em 2022 - uma redução de 11,2%.

A maior queda foi entre jovens de 10 a 19 anos (30,8%), mostrando que embora ainda haja um número expressivo de gravidez na adolescência, o problema está em declínio. O número de bebês nascidos de mães com idade entre 40 e 49 anos, no entanto, aumentou, passando de 90,9 mil em 2018 para 106,1 mil em 2022.A mortalidade materna também caiu. 

O índice mede o número de mortes maternas obstétricas por cem mil nascidos vivos. A meta da Organização das Nações Unidas é que este número fique abaixo de 70 por cem mil. O Brasil esteve abaixo da meta entre 2010 e 2019. Em 2020, com a pandemia de covid-19, a mortalidade materna aumentou 29% em relação a 2019, alcançando 74,7 óbitos por 100 mil nascidos vivos e ultrapassando a meta. Em 2021, chegou a 117,4 óbitos por 100 mil nascidos.

Segundo os pesquisadores, os números estão relacionados ao atraso da vacinação de mulheres e à maior dificuldade de acesso aos serviços de saúde durante a pandemia. Em 2022, o indicador retornou a patamar próximo de 2019, com 57,7 mortes por 100 mil nascidos vivos.

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