POLÍTICA

Tarifa de Trump ao Brasil é megalomaníaca e maligna, diz Nobel de Economia

Krugman defende que a ação seria "motivo suficiente" para o impeachment de Trump
Por ICL Notícias 10/07/2025 - 15:14
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Divulgação
Economista americano Paul Krugman, vencedor do Nobel de Economia
Economista americano Paul Krugman, vencedor do Nobel de Economia

O economista americano Paul Krugman, vencedor do Nobel de Economia, criticou as tarifas de 50% impostas por Donald Trump sobre as exportações brasileiras. Paul classifica a ação do presidente republicano como “maligna e megalomaníaca”, em texto publicado na noite desta quarta-feira (9), intitulado “Programa de Proteção a Ditadores de Trump”.

“Por que digo que é megalomaníaco? O Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes. Veja para onde vão suas exportações: as exportações para os EUA representam menos de 2% do PIB brasileiro. Trump realmente imagina que pode usar tarifas para intimidar uma nação enorme — que nem sequer depende muito do mercado americano — a abandonar a democracia?”, escreveu o economista.

Krugman também defende que a ação seria “motivo suficiente” para o impeachment do presidente estadunidense. “Estamos vendo mais um passo terrível na espiral de decadência do nosso país”. Segundo o economista, ele usa o tarifaço no Brasil para “fins políticos”. “Repare que Trump mal finge ter uma justificativa econômica para essa ação. Tudo isso tem a ver com punir o Brasil por colocar Jair Bolsonaro em julgamento”.

“Não seria a primeira vez que os Estados Unidos usam a política tarifária para fins políticos”. “Agora, Trump está tentando usar tarifas para ajudar outro aspirante a ditador”, diz.

Tarifa de Trump


Nesta quarta (9), o atual presidente dos EUA enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para notificar a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Ao justificar a elevação da tarifa sobre o Brasil, ele cita Jair Bolsonaro e disse ser “uma vergonha internacional” o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em resposta, o presidente Lula afirmou que o Brasil não aceitará ser tutelado por ninguém e que a elevação unilateral de tarifas sobre exportações brasileiras anunciada será respondida com base na Lei da Reciprocidade Econômica.

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