UFAL
Observatório para enfrentamento da Covid encerra atividades

Á sociedade alagoana perde nesta semana um instrumento de credibilidade para acompanhar o comportamento da pandemia do coronavírus. O coordenador do Observatório Alagoano de Políticas Públicas Para o Enfrentamento da Covid-19 (OAPPEC), Gabriel Badué, confirmou a extinção das atividades, há mais de um ano, por carência de recursos e também de apoio institucional. A informação foi divulgada ao final do boletim da 27ª Semana Epidemiológica, elaborado pelo Observatório.
O trabalho permitiu a realização de boletins detalhados sobre a covid-19 no estado, esclareceu à população sobre os dados e serviu de orientação para tomadas de decisões na área pública. A decisão de encerrar Observatório ocorre com o fim da vigência do projeto de extensão, o qual tinha entre seus objetivos contribuir com a sociedade alagoana para reduzir os prejuízos causados pela pandemia.
Os pesquisadores envolvidos buscaram o apoio do Poder Público e da gestão central da Universidade para manter o Observatório, mas as tratativas não teriam avançado. O projeto é realizado na modalidade de extensão pela Faculdade de Nutrição da Ufal. Segundo relatou o coordenador em entrevista local, “dada a sobrecarga de trabalho, já que essa é uma das muitas atividades sob nossa responsabilidade, somada à ausência de qualquer apoio institucional, a qual poderia viabilizar uma estrutura mais adequada para a continuidade do trabalho, optamos pelo encerramento das atividades”. A Ufal ainda não se posicionou sobre a decisão da equipe do projeto.
No último boletim, os pesquisadores fazem um alerta: "Considerando os resultados discutidos acima, Alagoas apresenta evidências de controle da pandemia da COVID-19, segundo a métrica indicada pelo Subcomitê de Epidemiologia do Consórcio Nordeste. Contudo, tal situação não é homogênea em todo território alagoano. Neste contexto, entendemos que tais particularidades devem ser observadas para que medidas pontuais sejam adotadas de acordo com a realidade de cada região. No mais, o alto número de novos casos, óbitos e casos suspeitos demonstram que ainda estamos vulneráveis à novos aumentos na transmissão, o que justifica a manutenção das estratégias de controle até que a vacinação seja ampliada e tenha efetividade com relação ao controle da
transmissão. Neste contexto, salientamos que o uso da máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social ainda são necessários até que ampliemos o atual nível de cobertura vacinal".