ELEIÇÕES 2022

Engenheiros da USP concluem que urna eletrônica não tem vulnerabilidades

Engenheiros tentaram violar e invadir o sistema das urnas, mas não tiveram sucesso
Por Adja Alvorável / Estagiária sob supervisão 26/08/2022 - 19:45
Atualização: 26/08/2022 - 20:06
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Abdias Pinheiro / Ascom / TSE
Até o momento, nenhum episódio de fraude foi comprovado
Até o momento, nenhum episódio de fraude foi comprovado

Depois da análise feita pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) concluíram que a urna eletrônica que será utilizada nas eleições deste ano não apresenta vulnerabilidades.

As três universidades informaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a mesma conclusão. Os testes tiveram duração de seis meses e aconteceram após uma parceria ser firmada entre as universidades e a Justiça Eleitoral. 

Participaram do teste urnas do modelo "UE 2015" e o "UE 2020", sendo o último uma versão mais moderna.

O professor Wilson Ruggiero, responsável pela testagem, junto dos estudantes do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores buscaram diferentes formas para corromper os aparelhos.

O segredo para a inviolabilidade das urnas reside no fato de que o código-fonte, ou seja, a programação de funcionamento da tecnologia, não ser conectado à internet. Os modelos mais modernos ainda não haviam sido testados e por isso receberam mais atenção por parte dos engenheiros da USP.

Até o momento, nenhum episódio de fraude foi comprovado desde 1996, ano que o Brasil instituiu votação com as urnas eletrônicas.

Mesmo assim, o relatório final aponta melhorias que podem ser feitas, principalmente para facilitar a leitura do código-fonte. Isso porque ao longo dos anos, os diversos programadores das urnas foram tornando seu software de funcionamento mais complexo, mas ele poderia ser facilitado e mesmo assim não perder segurança.

Partidos políticos, o Ministério Público, a Polícia Federal e as Forças Armadas têm acesso ao código fonte e participam da fiscalização das eleições.


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