SEM APOIO FORMAL

Bolsonaro não declara apoio formal a Collor por “medo” de Arthur Lira

Senador se aproximou do presidente nos últimos anos em busca de espaço político
Por Bruno Fernandes 23/09/2022 - 14:34
Atualização: 23/09/2022 - 14:46

ACESSIBILIDADE

Bruno Fernandes
Lira, Bolsonaro e Collor durante entrega de casas em Maceió
Lira, Bolsonaro e Collor durante entrega de casas em Maceió

Alçado a candidato do presidente Jair Bolsonaro (PP), em Alagoas, Fernando Collor (PTB) explicou em entrevista à página Maceió Ordinário, na noite de ontem, 22, o motivo pelo qual não existe nenhum vídeo sequer de uma declaração formal de apoio a ele por parte do chefe do Executivo federal.relacionadas_esquerda

Fernando Collor (PTB) concorre ao governo de Alagoas com uma campanha extremamente vinculada a do presidente, de quem se aproximou nos últimos anos em busca de espaço político no Estado. Bolsonaro aparece em tudo: na propaganda eleitoral, jingles, redes sociais, adesivos, figurinhas para WhatsApp, mas não aparece em vídeos afirmando seu apoio ao seu candidato em Alagoas.

Segundo Collor, a ausência de uma declaração de apoio se deve ao deputado Arthur Lira, com quem Bolsonaro não pode se indispor. Lira, atualmente, apoia Rodrigo Cunha, que também concorre ao cargo de governador, mesmo que não faça isso de forma pública.

“Ele tem na gaveta dele cerca de 140 pedidos de impeachment contra o presidente. Arthur Lira é muito mais importante politicamente para Bolsonaro do que eu. Eu não posso criar constrangimento ao presidente”, contou.

Nova pesquisa realizada pelo Instituto DataSensus e divulgada nesta sexta-feira, 23, sobre a disputa ao governo de Alagoas, mostra o atual governador Paulo Dantas (MDB) na liderança da disputa com 37% das intenções de voto.

A pesquisa registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o nº AL-01332/2022 mostra Rodrigo Cunha (UB) como o mais cotado para enfrentar Dantas em um possível segundo turno das eleições para governador do estado, com 21% das intenções. Collor (PTB) aparece com 13% e Rui Palmeira (PSD) com 10%.

Se mantido esse cenário, será a primeira vez em 20 anos que o ex-presidente, ex-governador e atual senador ficará sem mandato, desde o retorno à vida pública.

Publicidade


Encontrou algum erro? Entre em contato