Uma equipe de cientistas da Universidade Estatal de Novosibirsk (NGU, na sigla em russo) obteve o primeiro lote piloto de combustível sintético a partir de plástico não reciclável usando uma nova tecnologia, disse a NGU à Sputnik nesta sexta-feira (25).

Os cientistas de Novosibirsk desenvolveram uma tecnologia para converter plástico em combustível sintético em conjunto com especialistas da empresa Omnium Plus da cidade russa de Yaroslavl.

A equipe presume que vai ser possível processar até mesmo uma mistura de filmes finos, como sacos e plástico não líquido contaminado e misturado, em combustível de motor ecologicamente correto.

Com essa finalidade, os cientistas de Novosibirsk construíram uma instalação de catálise que acelera o processo de decomposição do plástico.

"Durante as três primeiras semanas de seu trabalho, os cientistas obtiveram os primeiros três litros de querosene", disse a universidade.

A tecnologia consiste em vários estágios:

Primeiro, o plástico não reciclável é submetido à pirólise, degradação térmica sem acesso ao oxigênio a temperaturas entre 400 e 600 °C;

Depois, os cientistas carregam a instalação com o produto resultante que já o refina e o transforma em combustível de qualidade.

Os cientistas avaliam os resultados de seu trabalho como promissores e a produção de combustível a partir de produtos de pirólise como econômica.

Apenas 5% da substância inicial é convertida em gás, o restante da massa é convertido em combustível sintético de alta qualidade.

Eles consideram que a tecnologia está quase pronta para ser implementada, o que vai ser determinado apenas pela velocidade de construção de instalações de catálise e pelo número de reatores em máquinas industriais.