POR RUPTURA DA DEMOCRACIA
Protestos bolsonaristas em frente ao Quartel completam um mês
Apelos às Forças Armadas ganham destaque diante de silêncio de Bolsonaro após as eleições
Há 30 dias acampados na porta do quartel do 59º Batalhão de Infantaria Motorizado (BIMtz), no Farol, os manifestantes bolsonaristas são animados por líderes que discursam sobre as Forças Armadas e passam o tempo rezando e reunidos em barracas com comida e bebidas, acreditando na ruptura da democracia com uma mudança contra o resultado das urnas que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva para presidente. Após um mês de silêncio do presidente Jair Bolsonaro, os eleitores do "mito" seguem fiéis às bandeiras do bolsonarismo.
Os manifestantes presentes no canteiro da Avenida Fernandes Lima já foram acusados de perturbar o sossego alheio, além do uso de crianças na movimentação, pelo Ministério Público. Nesse período, alguns bolsonaristas mais radicais já cercaram veículos do Poder Judiciário de Alagoas e colocaram para correr funcionários públicos que cumpriam ordens de fiscalização no acampamento.
O movimento de bolsonaristas no acampamento em Maceió caiu drasticamente, não é mais o mesmo dos primeiros dias, mas ainda há muitas pessoas mobilizadas em prol da intervenção federal. Parte da desistência deve-se, segundo eles mesmos postam nas redes, ao silêncio de Bolsonaro e a situações como a presença de um dos filhos (Eduardo) em Catar, país onde ocorre a Copa do Mundo 2022.
No canteiro, ainda há cartazes que defendem a anulação das eleições e intervenção no Supremo Tribunal Federal (STF) pelas Forças Armadas. Eles fazem exaltação ao país, com a execução do hino nacional e vestidos de verde e amarelo, empunhando bandeiras do Brasil. Pelo país, muitos bolsonaristas protagonizaram cenas bizarras, como cantar e rezar tendo como ponto central pneu e muros e a violência esteve sempre presente nos atos.