Lira se mexe para proteger aliados e reconstruir sua imagem

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), se movimenta em Brasília para proteger aliados, evitar que a destruição de símbolos da democracia lhe retire votos na disputa pela reeleição ao comando do Legislativo, mas, ao mesmo tempo, quer construir uma nova imagem dele mesmo: a de alguém necessário contra o golpismo.

Apesar de travar o andamento dos mais de 150 pedidos de impeachment contra o então presidente Jair Bolsonaro (PL), Lira faz ver aos seus que, em vários momentos, se posicionou contra alternativas autoritárias. Uma delas foi reunião de Bolsonaro com embaixadores para atacar o sistema eleitoral brasileiro em julho do ano passado. 

Enquanto o presidente da Câmara fala em defender as instituições, também aproxima dele notórios bolsonaristas, futuros processados pelo Conselho de Ética da Câmara. Lira defendeu publicamente deputados federais (seus eleitores), alvos da Procuradoria Geral da República como incentivadores do golpe. 

Referia-se a Nikolas Ferreira (PL-MG), Clarissa Tércio (PP-PE) e André Fernandes (PL-CE). “Não vi nos três parlamentares nenhum ato que corroborasse com os inquéritos (abertos)”, disse. Mas empurrou o deputado federal Abilio Brunini (PL-MT) aos leões. Ele [o deputado] publicou vídeo no Salão Verde da Câmara, afirmando que não houve “praticamente nenhum estrago”. “Todos que tiverem responsabilidades vão responder, inclusive parlamentares que andam mentindo dizendo que houve inverdades nas agressões que a Câmara sofreu", disse Lira.

Leia a matéria na íntegra no Jornal EXTRA, nas bancas!