ECONOMIA

Paulo Dantas aposta em mais empréstimos e créditos duvidosos

Ao deixar comando da Sefaz, George Santoro garante que Estado tem “caixa e receita”
Por Odilon Rios - Especial para o EXTRA 18/03/2023 - 06:05
Atualização: 27/03/2023 - 12:06
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Santoro em reunião com representates do setor sucroalcooleiro em julho do ano passado
Santoro em reunião com representates do setor sucroalcooleiro em julho do ano passado

Com George Santoro à frente da Secretaria da Fazenda durante 8 anos, Alagoas pagou a dívida do banco Produban. Foram R$ 550 milhões liquidados mais o encerramento das atividades da instituição financeira. Pela primeira vez na sua história, Alagoas assistiu a um processo de socialização: a dívida do banco, maior parte do setor sucroalcooleiro, virou débito pago por todos os alagoanos, ou seja, incorporada aos compromissos estaduais e considerada “um grande problema do Estado”, segundo disse o então governador Renan Filho em 26 de janeiro de 2021, dia que anunciou o pagamento da última parcela. 

A história do fim melancólico do Produban é ligada aos sucessivos acordos para salvar os lucros dos usineiros, sacrificando o dinheiro público. Quando Fernando Collor era governador de Alagoas (1987- 1989), houve o acordo com os usineiros para que, em dez anos, eles recebessem 120 milhões de dólares, relativos ao ICMS cobrados indevidamente sobre a cana. Mas calculou-se que eles tinham sido ressarcidos através do Instituto do Açúcar e do Álcool (que defendia os interesses do setor). 

Em novembro de 1988, o Banco Central decreta a liquidação do Produban. Motivo: os usineiros deviam 76 milhões de dólares. Um ano depois (setembro de 1989), o Banco Central suspende a liquidação e permite a reabertura do banco, com a condição de Alagoas (o governo) assumir a dívida do banco junto ao Banco Central. Em 1993, o governador era Geraldo Bulhões. A dívida estava em 300 milhões de dólares – e ele anunciou a renegociação do débito junto ao BC. O Estado não pagou. 

A 23 de janeiro de 1995, o Banco Central decreta intervenção no Produban. No fim do ano, o governador Divaldo Suruagy (eleito com a ajuda dos usineiros) emite títulos públicos para pagar precatórios. Foram R$ 301 milhões, diz a imprensa da época. Mas o dinheiro foi usado para devolver o ICMS cobrado dos usineiros (Governo Collor) e pagar empreiteiros.

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