kits de robótica

Lira conversa com Dino sobre operação da PF que envolve aliados políticos

Opositores acreditam que investigação policial trata-se de retaliação do governo
Por Redação com agências 02/06/2023 - 09:19

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Lira e Dino
Lira e Dino

Em uma reunião realizada nesta quinta-feira, 1º, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), discutiram a operação da Polícia Federal que teve como alvo pessoas ligadas ao deputado. Lira demonstrou interesse em compreender as circunstâncias da deflagração da operação e se ela estava relacionada a eventos políticos.

 De acordo com informações de fontes próximas à conversa, Dino informou ao deputado que não tem influência nas investigações e que não foi previamente informado sobre sua realização. O encontro entre os dois foi revelado pelo portal Metrópoles. Membros do grupo político de Lira, que são líderes partidários, perceberam uma coincidência entre a data da operação e a votação de uma medida provisória crucial para o ex-presidente Lula na Câmara dos Deputados. 

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Essa coincidência levantou suspeitas de que o governo estaria utilizando a Polícia Federal como forma de atingir o deputado. Lira quase causou uma grande derrota para o governo ao adiar a votação da medida provisória que reestruturou a Esplanada dos Ministérios até o último momento. 

A Câmara aprovou a medida provisória na noite de quarta-feira (30), após intensas negociações, e a operação que investiga aliados de Lira por um esquema de fraude em kits de robótica foi deflagrada nesta quinta-feira (1º). Os aliados de Lira consideram no mínimo suspeita a proximidade entre essas duas datas.

Integrantes do governo negam que a operação seja uma forma de retaliação, destacando que a ação da Polícia Federal teve que ser adiada devido à presença dos investigados no exterior. Conforme já relatado pelo Painel da Folha de S.Paulo, a operação que ocorreu na quinta-feira estava originalmente programada para o dia 23 de maio, mas teve que ser suspensa porque dois dos alvos estavam em Miami, nos Estados Unidos, entre os dias 16 e 28 do mês passado. A operação foi retomada quando os investigados retornaram ao Brasil.

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