INVESTIGAÇÃO

Ex-assessor de Lira não foi preso em operação da PF, desmente defesa

PF voltou atrás e disse que R$ 4 milhões não são de Luciano Cavalcante
Por Redação 01/06/2023 - 21:16
Atualização: 01/06/2023 - 22:02

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Reprodução/Instagram
Arthur Lira e Luciano Cavalcante
Arthur Lira e Luciano Cavalcante

A Polícia Federal (PF) voltou atrás e disse que os R$ 4 milhões encontrados em operação deflagrada pela corporação nesta quinta-feira, 1⁰, não eram de Luciano Cavalcante, ex-assessor do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e presidente do União Brasil em Alagoas.

A PF também havia informado que Cavalcante foi preso durante a ação policial, mas a defesa do ex-assessor desmentiu essa informação. À CNN, o advogado André Callegari informou que não havia mandado de prisão contra Cavalcante, apenas de busca e apreensão.

"O único objeto de mandado era de busca e apreensão, que foi cumprido no flat onde ele [Cavalcante] residia. Como já foi corrigido, não foi encontrado esse montante de valor com ele, tampouco o cofre pertence a ele e o endereço onde foi encontrado esse cofre não tem vinculação a ele", explicou Callegari.

A defesa de Cavalcante afirma ainda que o ex-assessor não tem qualquer relação com a empresa que foi alvo de operação da PF. Além disso, Callegari afirmou que, ao cumprir o mandado de busca e apreensão, os policiais não entregaram a Cavalcante uma cópia da decisão judicial.

"Ou seja, nós não sabemos quais são os fundamentos que justificam a busca e apreensão contra o Luciano", disse o advogado.

Durante a Operação Hefesto, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a Cavalcante. Inicialmente, a PF informou que a quantia de R$ 4 milhões havia sido encontrada em um endereço ligado ao ex-assessor. No fim da tarde, entretanto, o Departamento de Comunicação da Polícia Federal corrigiu a informação. 

À CNN Brasil, a PF informou que ao vídeos divulgados anteriormente pela corporação não se referem ao cumprimento de mandado de busca e apreensão em Brasília, mas sim de uma apreensão realizada em um endereço em Maceió.

As investigações apontam que Cavalcante estaria envolvido em um esquema de desvio de dinheiro em contratos de kits de robótica em licitações fraudulentas de prefeituras alagoanas. Há suspeitas de que ele e sua esposa, Glaucia, tenham se beneficiado financeiramente com esses desvios.

A Polícia Federal chegou a Luciano Cavalcante e Glaucia durante a investigação das movimentações financeiras da empresa Megalic, que pertence a um aliado de Lira e foi vencedora de licitações para a venda dos kits de robótica. A empresa também foi alvo da operação realizada pela PF.

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