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Após CPI da Braskem, Cunha diz que vai monitorar desdobramentos

Exploração indiscriminada e falta de fiscalização foram responsáveis pela tragédia, dia a CPI
Por Agência Senado 16/05/2024 - 12:46

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Agência Senado
Rodrigo Cunha participou da CPI da Braskem no Senado
Rodrigo Cunha participou da CPI da Braskem no Senado

Em pronunciamento no Plenário na quarta-feira (15), o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) destacou o trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, cujo relatório final foi apresentado pela manhã pelo relato Rogério Carvalho (PT-SE). A CPI pediu o indiciamento de dirigentes e técnicos da Braskem envolvidos no desastre ambiental provocado pela extração de sal-gema, que resultou no afundamento de cinco bairros em Maceió (AL) e afetou 60 mil moradores e empreendedores na região.

O colegiado, que atuou durante 90 dias, concluiu que a exploração indiscriminada, sem os devidos cuidados, foi responsável pela tragédia. Rodrigo ressaltou a importância das diversas etapas, que envolveram especialistas, agências reguladoras, empresários e a população afetada, além da própria Braskem.

"Todos os especialistas [ouvidos] disseram que é inaceitável que uma área urbana tenha uma exploração daquele tamanho, no tamanho de retirar mais de 700 mil caminhões de sal-gema. Realmente é algo inimaginável. Tem-se hoje a confirmação de que, quando se parava de explorar a mina, não se preenchia a mina, não se tinha o fechamento correto. São situações que foram esclarecidas e que vão fortalecer agora uma nova fase", disse.

O senador criticou os acordos firmados pela Braskem que, segundo ele, coagiram as pessoas a saírem de suas residências em troca de "indenizações injustas". O parlamentar também destacou a negligência dos órgãos responsáveis pela fiscalização ambiental, como o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas e a Agência Nacional de Mineração.

Rodrigo ressaltou que relatórios apresentados pela Braskem buscavam atribuir o incidente a causas naturais, ignorando as evidências científicas. O relatório final da CPI indiciou 14 pessoas e a empresa por diversos crimes. "Foi uma CPI que buscou a verdade, que teve começo, meio, e o fim não vai ser hoje. Porque nós vamos acompanhar cada passo que será dado em benefício da população de Alagoas, numa busca constante de não permitir que a impunidade seja o combustível para que crimes como esse continuem acontecendo, não só em Alagoas, mas em todo o Brasil", enfatizou.

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