Golpe: General diz que equipe era pequena e PM falhou no Planalto

O Supremo Tribunal Federal ouviu nesta quarta-feira (16) testemunhas de defesa das ações que apuram a tentativa de golpe de Estado. Do Núcleo 2, acusado de elaborar a chamada “minuta do golpe”, participaram da audiência pessoas indicadas por Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência. Das 21 selecionadas, apenas uma compareceu, o general Gonçalves Dias.
O general afirmou que havia efetivo do Gabinete de Segurança Institucional de prontidão na invasão ao Palácio do Planalto em oito de janeiro de 2023. Mas, segundo o militar, não foi o suficiente para conter a ocupação, porque, dentro do plano, era esperado que a Polícia Militar fizesse a contenção dos manifestantes.
O advogado de Filipe Martins, Jeffery Chiquini, insistiu numa possível omissão de Gonçalves Dias. E foi repreendido por Alexandre de Moraes, porque, segundo o ministro, a defesa estaria submetendo o general a interrogatório inadequado.
A outra testemunha ouvida foi o senador Ciro Nogueira, indicada pelo réu Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens, também do Núcleo 2. O senador disse que ficou mais próximo de Câmara no fim do mandato. No entanto, afirmou não ter conhecimento de que ele tenha participado de reuniões com teor golpista.
Também prestaram depoimento as últimas testemunhas do Núcleo 4. Os réus do grupo são acusados de divulgar notícias falsas e de fazer ataques virtuais a instituições e autoridades.
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