Caso Ana Beatriz

Corpo achado em Guaxuma passará por exame de DNA para confirmar identidade

Estado decomposição impede identificação por métodos tradicionais e exige análise genética
Por Ascom Polícia Científica 06/05/2025 - 15:36
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Cortesia
Corpo de Ana Beatriz, de 15 anos, foi encontrado em fossa fechada em propriedade particular
Corpo de Ana Beatriz, de 15 anos, foi encontrado em fossa fechada em propriedade particular

Após várias tentativas de identificação através dos exames de necropapiloscopia e de arcada dentária, a Polícia Científica confirmou nesta terça-feira (06) que o corpo encontrado no bairro de Guaxuma, em Maceió, seguirá para exame de DNA. Amostras biológicas do cadáver, da suposta genitora e de uma suposta irmã foram coletadas e encaminhadas para análise no Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Maceió.

O perito criminal Clisney Omena, responsável pelo exame, explicou que, em função do estado de decomposição em que o cadáver foi encontrado, as amostras precisam ser submetidas a um método de extração mais complexo e que demanda maior tempo. Essas amostras ficarão incubadas em EDTA durante cinco dias para desmineralizar os ossos.

“A partir daí é que vai se proceder ao processo de extração e às demais etapas dos exames até chegar à eletroforese, etapa final em que é possível obter o perfil genético. Todo esse processo deve demandar um prazo de no mínimo 15 dias, para a conclusão da análise e emissão do laudo do exame de confronto genético”, explicou o perito criminal.

A causa da morte também está sendo apurada pelo Laboratório de Química e Toxicologia Forense do Instituto de Criminalística. O material estomacal coletado durante o exame cadavérico no Instituto Médico Legal Estácio de Lima foi enviado para a unidade analisar a possibilidade de uma morte por envenenamento, já que na necropsia não foram encontradas lesões por arma branca ou de fogo.

O corpo do sexo feminino foi encontrado dentro de uma fossa fria e úmida, o que provocou o processo chamado na medicina legal de saponificação. Esse estado decomposto impossibilitou a identificação pelas digitais e antropologia forense, enquanto que a identificação pela arcada dentária ficou prejudicada pela insuficiência de elementos na documentação de tratamentos odontológicos feitos pela vítima e que foi apresentado pela família.


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