justiça
Acusado da 'chacina de Guaxuma' deve ser levado a júri popular
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), manteve, nesta quarta-feira , 8, em audiência de instrução ocorrida na 9ª Vara Criminal da Capital, no Fórum Desembargador Jairo Maia Fernandes, no Barro Duro, todas as acusações que embasaram a denúncia em desfavor de Daniel Galdino Dias, acusado da "Chacina de Guaxuma", ocorrida em novembro de 2015, onde quatro pessoas da mesma família foram assassinadas, dentre elas, duas crianças de nove e dois anos.
Após o término da audiência, o promotor de justiça José Antônio Malta Marques, da 49ª Promotoria Especializada Criminal da Capital, reafirmou que as provas que estão nos autos são suficientes para que Galdino seja pronunciado pelo Poder Judiciário e, em seguida, levado a júri popular.
“A posição do Ministério Público está mantida, pedindo a pronúncia do réu e que ele seja submetido a julgamento popular no tribunal do júri da 9ª Vara. Diante das evidências catalogadas nos autos, não resta dúvida de que ele foi o autor dos crimes. Eperamos que o acusado seja condenado pela barbárie cometida com requintes de crueldade, que acabou matando pais e filhos”, afirmou o promotor Malta Marques.
De acordo com ele, Daniel Galdino negou mais uma vez o crime. Porém, porém não convenceu o Ministério Público da sua inocência. “Como esperávamos, o Galdino afirmou do início ao fim não ter participação nas mortes, entretanto, o seu depoimento foi altamente contraditório, o que reforçou o nosso posicionamento. Queremos que ele seja julgado por homicídio duplamente qualificado em relação ao casal, e triplamente qualificado pelas mortes das duas crianças”, destacou.
A denúncia
Em março de 2016 o Ministério Público ajuizou a denúncia contra Daniel Galdino. Além de ser responsabilizado pelas quatro mortes, ele também foi acusado de tentativa de homicídio, já que um menino de cinco anos sobreviveu.
Na ação penal proposta, o promotor José Antônio Malta Marques assegurou que Daniel Galdino agiu de “forma consciente, voluntária e, com animus necandi, (dolo, vontade, intenção de matar), praticou, com requintes decrueldade, um bárbaro homicídio, que ficou conhecido como 'chacina de Guaxuma', tendo como vítima a família que morava naquele sítio”.
Já na primeira audiência de instrução do caso, ocorrida em 5 de dezembro do ano passado, o caso passou a ser chamado de “Chacina de Guaxuma”. Na ocasião, testemunhas foram ouvidas pelo juiz titular da 9ª Vara Criminal da Capital, Geraldo Amorim.
O caso
Quatro pessoas de uma mesma família, sendo dois adultos e duas crianças, foram assassinadas a golpes de facão no Sítio Doce Mel, localizado no bairro de Guaxuma, em Maceió, no Litoral Norte. Um garoto de cinco anos sobreviveu e foi socorrido ao Hospital Geral do Estado (HGE).
As vítimas fatais foram o caseiro Esvaldo Soares da Silva Santos, de 28 anos, e a esposa dele,,Genilza da Silva Santos, de 27 anos, além dos filhos do casal, Maria da Silva Santos, de 9 anos, e Guilherme da Silva, de dois. O sobrevivente sofreu um corte profundo na testa e passou por intervenção cirúrgica delicada. Segundo a polícia, o menino teria fingido está morto para não despertar a atenção do criminoso.