COITÉ DO NOIA

Corpo carbonizado é de filho de ex-vereador, diz perícia

Por Com Agência Alagoas 09/03/2018 - 12:55

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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística (IC) de Alagoas confirmou, nesta sexta-feira (9), que o corpo encontrado carbonizado em janeiro deste ano dentro da mala de um carro incendiado na zona rural de Coité do Nóia é mesmo de Joel Junior Pereira Nunes, de 26 anos. A vítima é filho de Joel Pereira, ex-vereador por Craíbas, cidade da Região Metropolitana do Agreste, e que havia falecido de câncer uma semana antes.

O exame foi feito pelo perito criminal Marek Henryque, especialista em perícia e genética forense, mestre em ciências biológicas e doutor em biologia aplicada à saúde. Ele explicou que recebeu dois arcos costais e um fragmento de tecido cardíaco retirados do cadáver não identificado para comparar com o material genético coletado em swabs (instrumento que serve para coletar amostras clínicas)

O corpo carbonizado foi encontrado no porta-malas de um veículo em chamas na zona rural de Coité do Noia em 11 de janeiro.

“Devido ao alto grau de carbonização, foi bem difícil extrair o material genético para o exame. Foram necessários várias tentativas para conseguir o DNA, que foi comparado com a amostra referência da suposta mãe devido à relação genética direta”, explicou o perito criminal.


As amostras do material genético extraído foram submetidas através da reação em cadeia do polimerase à amplificação do DNA e depois foi feito a eletroforese capilar no sequenciador  genético. 

“Neste caso, foi necessário um empenho e tempo gasto maior no intuito de tentar fazer a extração do DNA devido às condições da amostra recebida. Mas o exame deu resposta de forma elucidativa, altamente confiável, dando certeza de que realmente os restos mortais são da vítima Joela Júnior”, afirmou Marek Henryque.

O laudo completo foi encaminhado para o IML de Arapiraca, onde estão guardados os restos mortais da vítima, após exame cadavérico. Os materiais biológicos encaminhados e não utilizados nos exames ficarão arquivados para contra-perícia em conformidade com a legislação brasileira.

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