susto em maceió

Relatório sobre causas de tremor não tem data para sair

Por Com assessoria 14/03/2018 - 13:00

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Técnicos da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) estiveram em Maceió. Foto: Lucas Alcântara/ Ascom Semds
Técnicos da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) estiveram em Maceió. Foto: Lucas Alcântara/ Ascom Semds

Os técnicos da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) concluíram na terça-feira (13), os primeiros levantamentos para identificar as causas das fissuras registradas em imóveis, edifícios e vias de Maceió. 

A CPRM é uma empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia com as atribuições de Serviço Geológico do Brasil. 

A vinda dos técnicos à capital foi articulada pela Defesa Civil Municipal a partir do registro dos fenômenos, ainda em fevereiro, processo que se intensificou no dia 03 de março após fortes chuvas e um abalo sísmico sentido em várias regiões.

Pesquisador em geociência lotado na superintendência da CPRM em Recife, Raphael Melo esclareceu o trabalho iniciado na segunda-feira (12) em Maceió, contando com reuniões com a equipe da Defesa Civil Municipal para a apresentação de um relatório de toda a situação e registros com dados de georeferenciamento, vistorias nos pontos atingidos e um encontro com pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que têm teses referentes às ocorrências de causa natural relacionadas ao solo da capital. As reuniões também foram acompanhadas por interagentes da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.

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“Inicialmente viemos identificar a ocorrência das fissuras. Pelos relatos, o processo teve início no dia 15 de fevereiro, quando houve um volume de chuva alto na cidade, e no dia 3 de março, após outra chuva e o sismo, este processo se intensificou. Então um dos primeiros pontos que podemos inferir com base nestes registros é que a água está induzindo o processo e o tremor foi apenas um catalizador, visto que é um fenômeno natural. O que precisamos entender agora é o que está gerando essa concentração de água, o que está fazendo com que ocorram as fissuras e o motivo da propagação”, disse Raphael Melo.

Após a coleta das informações passadas pela Defesa Civil em relatórios, o técnico da CPRM ressaltou que uma nova visita a Maceió será programada para as próximas semanas, quando deve ser definido o raio exato das localidades onde houve o registro de fissuras. 

Segundo Melo, esta segunda etapa será realizada por meio de uma investigação geofísica de subsuperfície com a utilização de um georradar, conhecido como GPR, para penetrar o solo e obter informações que podem esclarecer as causas.

“Vamos apresentar o relatório à medida que entendermos o processo. A primeira opção é a utilização do GPR para conseguir o levantamento dos dados que a gente precisa e, caso não seja viável, outros meios geofísicos serão utilizados. É importante frisar que necessitamos entender bem o que está acontecendo e, a partir disso, poderemos explicar as causas e orientar a Defesa Civil. Obviamente que entendemos o temor da população e vamos tentar buscar estas respostas no menor espaço de tempo possível. Vamos trabalhar para resolver o problema, entender o que está acontecendo e apresentar uma solução”, enfatizou Raphael Melo ao ser questionado em relação a prazos para a conclusão do estudo.

O equipamento está sendo providenciado pela CPRM e, quando houver a disponibilização, os técnicos voltam a Maceió para a continuidade do trabalho.

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