Jornalista é detida acusada de crimes contra a honra

A jornalista Maria Aparecida Oliveira foi presa no início da tarde desta segunda-feira, 23, em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Antônio Barros Filho Lima. A acusação é de três crimes contra a honra e coação no curso do processo.

O autor da ação, que corre em segredo de justiça, é o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, por acusações que lhe foram feitas pela jornalista em seu blog durante sua gestão como secretário de Segurança, em 2015.

Maria Aparecida, de 68 anos, está na Central de Flagrantes I, no bairro do Farol, de onde será levada para o Presidio Feminino Santa Luzia após a realização do exame de corpo delito. O exame, contudo, depende do fim da greve dos peritos do Instituto Médico Legal Estácio de Lima.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal) anunciou que vai acompanhar o caso. De acordo com seu presidente, Izaías Barbosa, embora Maria Aparecida não seja filiada ao sindicato, a entidade "não vai compactuar e nem aceitar qualquer forma extrema de cerceamento da liberdade de expressão de um comunicador". 

Maria Aparecida Oliveira é testemunha de acusação nos processos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que investigam o desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas e o juiz Léo Denisson Bezerra de Almeida. Ambos estão afastados de suas atividades desde 2016 por determinação do colegiado.

O EXTRA ainda não conseguiu contato com o advogado da jornalista.