repressão
Advogado entra com pedido de soltura de jornalista
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal) acionou a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) para tomar providências em relação à prisão da jornalista Maria Aparecida Oliveira, 68, realizada na manhã de segunda-feira, 23.
O presidente sindical, Izaias Barbosa, declarou considerar uma medida extrema da Justiça a atitude de prender a profissional. “Pelo que entendemos, o crime que ela cometeu não motivaria a prisão, visto que ela é uma senhora de 68 anos”, explicou.
Vale ressaltar que o Presídio Feminino Santa Luzia, para onde a jornalista foi transferida, não conta com cela especial. “Se ela realmente tem direito a essa cela, que seja cumprido. Será feito um pedido de prisão domiciliar devido à idade”, declarou Izaias.
Já o advogado da jornalista, Cleto Carneiro, informou ao EXTRA que ingressou na manhã desta terça-feira, 24, com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL).
Caso
Maria Aparecida Oliveira foi presa no início da tarde desta segunda-feira, 23, em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Antônio Barros Filho Lima. A acusação é de três crimes contra a honra e coação no curso do processo.
O autor da ação, que corre em segredo de justiça, é o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, por acusações que lhe foram feitas pela jornalista em seu blog durante sua gestão como secretário de Segurança, em 2015.