sócio encomendou o crime

Preso envolvido em assassinato de advogado

Polícia confirma que sócio foi mandante de homicídio
Por Sofia Sepreny - Estagiária sob supervisão da Redação 02/05/2018 - 16:28

ACESSIBILIDADE

Cúpula da Segurança Pública de Alagoas detalha investigação do assassinato de advogado. (Foto: Sofia Sepreny)
Cúpula da Segurança Pública de Alagoas detalha investigação do assassinato de advogado. (Foto: Sofia Sepreny)

O último participante da morte do advogado José Fernando Cabral de Lima, assassinado no dia 3 de abril, no escritório do seu sócio na Ponta Verde, em Maceió, foi preso em Salvador (BA), na última sexta-feira, 27. A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AL), na tarde desta quarta-feira, 2. 

Segundo a Polícia Civil, José Fernando foi morto a mando do sócio, o advogado Sinval José Alves. A motivação do crime seria a dívida de Sinval com a vítima de cerca de R$ 600 mil, além de R$ 8 milhões em honorários advocatícios a receber. Sinval nega as acusações, porém os suspeitos de serem os executores confirmaram a contratação pelo advogado.

A dupla que executou o crime foi identificada como Denisvaldo Bezerra da Silva e Irlan Almeida de Jesus. Irlan fugiu para Bahia depois da repercussão do caso e foi capturado na sexta-feira. 

Além do sócio e da dupla, uma terceira pessoa foi presa suspeita de participação. Trata-se de Raimundo Pereira da Silva, também  conhecido como Carrasco Gesseiro.

Ele soube uma semana antes que o advogado seria assassinado e até tentou alertar a vítima com um bilhete avisando que pessoas próximas a ele estariam planejando o crime. José Fernando recebeu o bilhete, mas não tomou nenhuma atitude a respeito.

Após conhecimento que o crime tinha acontecido, Carrasco procurou Sinval para extorquir dinheiro. 

Um dia depois do encontro, Sinval José foi preso em cumprimento a um mandado de prisão temporária. Ele está no Presídio Militar na condição de advogado. 

Sinval escolheu a casa de câmbio para a reunião justamente para forjar um latrocínio (roubo seguido de morte). Porém, os dois disparos na cabeça, característicos de execução, e o fato de nenhum objeto ter sido roubado do local chamou atenção dos investigadores. 

Todos os acusados negam participação no crime. 

O advogado de acusação contratado pela família, Thiago Pinheiro, acompanhou as investigações e, junto ao Ministério Público Estadual (MPE-AL), irá apresentar uma ação para que Sinval responda penalmente na Justiça pelo crime de homicídio. 

"Esperamos que ele seja submetido a um júri popular e que a sociedade alagoana aplique a justiça e gere a condenação deste crime que gerou perplexidade e estarrecimento a todos", afirmou o advogado. 

Leia mais sobre


Encontrou algum erro? Entre em contato