LUTA PELO PISO

Agentes de endemias de Maceió anunciam paralisação por tempo indeterminado

Alagoas registrou 17.484 casos de dengue entre os dias 30 de dezembro de 2018 e 24 de agosto
Por Bruno Fernandes com Sindacs 20/09/2019 - 14:30
Atualização: 20/09/2019 - 22:43
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Sindacs
Agentes de Saúde de Maceió se reuniram em frente à Secretaria Municipal de Finanças para reivindicar direitos da categoria
Agentes de Saúde de Maceió se reuniram em frente à Secretaria Municipal de Finanças para reivindicar direitos da categoria

Os agentes de combate às endemias resolveram entrar em greve nesta sexta-feira, 20, após realizarem um protesto, em frente a Secretaria Municipal de Gestão. A categoria luta pela implantação do piso salarial da categoria, de R$ 1.250.

Apesar de procurarem a Secretaria de Gestão, os agentes não conseguiram uma reunião. Em Maceió, 800 profissionais atuam na área.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde de Alagoas (Sindacs-AL), Fernando Candido, a comunicação com os gestores públicos está esbarrando em dificuldades e a negociação não está avançando. 

 “O que existe é uma má vontade política, pois eles não se dispõem a estabelecer uma mesa de negociação para que a gente possa ver a melhor forma de resolver esse impasse”, afirmou durante seu discurso.

Durante a paralisação, cerca de 50% dos serviços serão mantidos. O movimento da classe ressalta que está dedicando todos os esforços para que a implantação do valor seja feita o mais rápido possível na capital alagoana.

Em nota encaminhada a Imprensa, a Secretaria Municipal de Gestão informou que a implantação do piso para os agentes de combate a endemias está sendo discutida e que tem dialogado com a categoria sobre o assunto, fazendo simulações de impacto financeiro.

A paralisação dos agentes acontece em um momento delicado para o estado. Levantamento do Ministério da Saúde (MS) divulgado na quarta-feira, 11, revela que Alagoas registrou 17.484 casos de dengue entre os dias 30 de dezembro de 2018 e 24 de agosto deste ano - um volume de 981,4% maior do que o registrado no ano passado. 

A incidência da doença saltou de 48,7 casos por cem mil habitantes, no ano passado, para 526,2 casos por cem mil pessoas este ano. 

Segundo o boletim epidemiológico do governo federal, foi o maior aumento percentual do Nordeste, atrás apenas de Sergipe, que registrou alta de 2.908% no número de casos da doença.

Ainda de acordo com o boletim, O estado é o terceiro do país com a maior proporção de ocorrências de zyka: 18 casos por 100 mil habitantes.

No Brasil, Tocantins é o que apresenta a maior proporção de ocorrências por cada 100 mil habitantes: 32,3. Em seguida, vem o Rio Grande do Norte, com 27 casos por 100 mil.

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