DESASTRE AMBIENTAL

Limpeza de praias com resíduo de petróleo será bancada pelo Estado

Por Tamara Albuquerque 10/10/2019 - 16:17
Atualização: 10/10/2019 - 16:54
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Foto: Divulgação
Praia de Lagoa do Pau, no litoral norte de Alagoas, com poças de óleo tóxico
Praia de Lagoa do Pau, no litoral norte de Alagoas, com poças de óleo tóxico

As prefeituras dos 10 municípios alagoanos cujas praias foram afetadas pelos resíduos de petróleo cru, desastre ambiental que vem sendo observado desde o início de setembro no litoral nordestino, foram autorizadas pelo governo do Estado a fazer a coleta do material tóxico e encaminhar à CTR (Central de Tratamento de Resíduos), no município do Pilar, única empresa no estado que tem condições de dar destinação adequada e o consequente tratamento ao produto.

O governo pagará a conta pela prestação do serviço, mas até agora, no entanto, a CTR não foi contactada. Os técnicos dos órgãos ambientais do Estado ainda não conseguem estimar quantas toneladas de óleo chegaram às praias alagoanas e nem mesmo o governo Renan Filho sabe quanto terá de desembolsar para colocar o óleo tóxico em local seguro para o meio ambiente.

No Ceará, as ações de limpeza nas praias removeram 1,2 mil litros de óleo desde a última semana. Algumas praias naquele estado tiveram que passar por mais de uma ação de limpeza para se livrarem do óleo. As equipes tiveram de raspar corais para soltar o produto altamente viscoso e grudento.

A operação de limpeza das praias no litoral alagoano, de responsabilidade das prefeituras, deve ser feita nos municípios de Maceió, Piaçabuçu, Coruripe, Paripueira, Roteiro, Barra de Santo Antônio, Marechal Deodoro, Passo de Camaragibe, Japaratinga e Barra de São Miguel, onde o produto apareceu.

O desastre ambiental que afeta o litoral nordestino chegou, ontem, à foz do Rio São Francisco. Resíduos do petróleo cru, altamente tóxico, foram encontrados na areia da praia de Piaçabuçu, uma das mais belas do litoral Sul e que faz limite com o rio.

O material, segundo Anivaldo Miranda, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, ainda não caracteriza ameaça ao ecossistema do rio porque tem volume pequeno. Mas, medidas para impedir que a poluição entre no leito serão adotadas com urgência, como uso de barreiras de contenção e barreiras de absorção do produto.


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