SÃO FRANCISCO
Governo avalia abrir hidrelétrica para evitar contaminação
A Agência Nacional de Água (ANA) anunciou, ontem, que existe a possibilidade de se usar as águas do Rio Francisco para evitar a contaminação do leito do próprio rio pelos resíduos de petróleo avistada em diversas localidades do litoral da Região Nordeste e que já chegaram à sua foz.
Cabe ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificar a possibilidade de contaminação da água do São Francisco e acionar a alternativa para evitar a contaminação do leito do rio.
A distância entre a hidrelétrica de Xingó e a foz do rio é de 179 quilômetros. O aumento de volume de água na foz será percebido 50 horas após o aumento da vazão.
“Para que o aumento da vazão em Xingó possa acontecer, a água precisará ser liberada pela barragem da hidrelétrica de Sobradinho (BA), a maior na calha do Rio São Francisco, que está a montante [acima] de Xingó e a 747,8 km da foz”, diz nota da ANA.
A ANA assegura que o eventual aumento da vazão em Xingó causará incremento na geração hidrelétrica na bacia hidrográfica do Rio São Francisco, “sem comprometer a segurança hídrica na região”.
A contaminação das águas do São Francisco com óleo é uma das maiores preocupação dos órgãos ambientais do Estado.
"A situação é preocupante, visto que a foz do Rio São Francisco e sua região estuarina configuram um
ecossistema de alto valor para a reprodução das espécies fluviais e marinhas. A região tem também um banco
de camarão importantíssimo, além de ser área de desova de tartarugas e ter uma coleção de manguezais.
Estamos acompanhando a situação com atenção e cuidado para tomar as medidas necessárias junto aos órgãos
de controle ambiental”, enfatiza o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.