VIOLÊNCIA SEXUAL

Exame de DNA revela que estuprador em série pode estar solto no Litoral Norte

Homem, até agora desconhecido, teria estuprado pelo menos seis mulheres
Por EXTRA com assessoria 07/01/2020 - 08:04
Atualização: 07/01/2020 - 09:06
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Divulgação
Laboratório do Instituto de Criminalística de Alagoas confirma estupro em vítima fatal de PM
Laboratório do Instituto de Criminalística de Alagoas confirma estupro em vítima fatal de PM

Foram concluídos os exames de DNA em materiais biológicos de 11 vítimas de estupro cujas suspeitas caíam sobre o policial militar Josevildo Valentim dos Santos Júnior. 

No entanto, os resultados revelaram que um outro estuprador em série age em Maceió e que pode estar solto. 

O confronto genético, realizado pelo Laboratório do Instituto de Criminalística de Alagoas, tinha como objetivo a identificação de vestígio biológico de crime sexual.

Segundo a chefe do laboratório, Rosana Coutinho, a unidade recebeu 12 solicitações de exames. Desse total, apenas um não foi realizado porque a vítima não compareceu ao IML para realizar a coleta do material genético. 

Para a realização dos exames foram enviados ao laboratório amostras das mucosas vaginais e anais das vítimas, durante o exame de lesão corporal no IML. 

Esses materiais foram confrontados com material biológico da mucosa oral do suspeito Josevildo, que autorizou a coleta por meio de um "Termo de Consentimento Livre e Esclarecido" – TCLE.

Um dos laudos dos exames periciais foi referente ao caso da estudante Maria Aparecida Pereira, de 18 anos, que levou a prisão do PM Josevildo, como suspeito de estuprar e matar a jovem no bairro Pontal da Barra. 

O exame encontrou material masculino nas amostras de material biológico da vítima. Mas, o que mais chamou a atenção foi o exame realizado em outras 6 vítimas (2 no bairro da Garça Torta, 2 no bairro de Ipioca e outras 2 de Rio Largo).

Todos nesses casos foram encontrados material masculino coincidente entre as vítimas, porém divergente do perfil genético de Josevildo Valentim.

“Em todos esses seis casos identifiquei um perfil genético masculino idêntico, que no entanto não coincide com o perfil genético de Josevildo Valentim. Os resultados desses exames apontam que todos esses crimes foram cometidos pelo mesmo homem e essa informação será de extrema importância para o prosseguimento das investigações”, afirmou a chefe do laboratório.

Os demais casos examinados e que tiveram como vítimas, 1 mulher em Rio Largo, outra no município de Pilar, e outras 2 no bairro Forene em Maceió, devido o material biológico estar degradado, o resultado dos exames foi inconclusivo. Todos os laudos foram encaminhados para as delegacias que solicitaram os exames.

Todas as amostras do DNA extraído encontram-se arquivadas no Laboratório de Genética para contra perícia, conforme prevê o Código de Processo Penal (CPP). 

O mesmo material também poderá ser utilizado para novos exames de confronto genético envolvendo o PM, ou outros suspeitos de terem cometidos os seis estupros, que continuam sendo investigados pela polícia.

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