Justiça Trabalhista
Sindicato cobra cumprimento de sentença sobre pagamento salarial no Hospital Veredas
Ação que determina o pagamento de salários atrasados foi julgada e sentenciada em 2011, mas nunca posta em prática
O Sindicato dos Enfermeiros de Alagoas (Sineal) cobra rigor do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região (TRT/AL), para que a decisão de uma Ação Civil Pública (ACP) de 2011 seja cumprida pelo Hospital Veredas. A ação de número 0000932-40.2011.5.19.0004 diz respeito ao pagamento de salários atrasados e chegou a ser julgada e sentenciada, mas nunca foi posta em prática.
Há 10 anos os funcionários do hospital aguardam da Justiça do Trabalho o cumprimento da sentença, que determina o pagamento dos valores em atraso. Segundo o sindicato, o Ministério Público do Trabalho (MPT/AL), autor da ação, tem cobrado reiteradas vezes à juíza titular da 4ª Vara do Trabalho o cumprimento da sentença e que tem, além disso, informado sobre as constantes denúncias que tem recebido.
“A questão é grave e gera sérios transtornos à enfermagem e a outros profissionais da saúde que laboram na instituição. Se há uma decisão judicial em pleno vigor, precisamos fazê-la valer na prática”, afirmou o Sineal em nota.
A reivindicação do sindicato se insere no contexto caótico que persiste no Hospital Veredas. Os trabalhadores relatam, inclusive, que estão passando fome. Além do atraso no pagamento de salários - situação que se repete de tempos e tempos, segundo os profissionais -, os funcionários da instituição voltaram a denunciar à imprensa que o pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) não está sendo realizado. Segundo a denúncia, recebida pela reportagem do EXTRA de forma anônima na última quinta-feira (28), o valor do FGTS é descontado do trabalhador, mas não repassado para a conta do Fundo, de modo que, ao conferir o saldo, os funcionários encontram o valor zerado.
Os profissionais também relataram falta de insumos para realizar procedimentos hospitalares. Faltam materiais como máscaras, luvas, soro, gaze e medicamentos. Com isso, a realização de procedimentos médicos nos pacientes fica comprometida na unidade, que atualmente presta serviço a pacientes de planos de saúde, particulares e também pelo SUS. A direção do hospital nega o atraso no pagamento salarial e diz que denúncias são fake news.