JUSTIÇA
Acusado de matar e tentar implantar provas falsas contra irmãos Ferreira vai a júri popular
Josivaldo Ferreira Aleixo e Josenildo Ferreira Aleixo tinham, respectivamente, 18 e 16 anos, quando foram assassinados a tiros após serem submetidos a uma abordagem agressiva por militares em um ponto de ônibus no bairro onde residiam, o Village Campestre. O crime, ocorrido em 25 de março de 2016, também vitimou fatalmente Reinaldo da Silva Ferreira, que estava do outro lado da rua.

cena do crime contra as vítimas.
Os irmãos, que conviviam com retardo mental em graus leve e moderado, voltavam da casa da madrinha quando foram abordados. Segundo relatos de testemunhas, sem compreender a agressividade da intervenção e a violência cometida pelos policiais contra seu irmão, Josivaldo reagiu aos militares com tapas. O cabo Johnerson Simões, até então encostado na viatura, fez vários disparos contra os jovens, atingindo fatalmente os irmãos, além de Reinaldo da Silva, e uma quarta vítima que teve ferimentos leves.
Após os disparos, Johnerson alegou que iria levar os irmãos até o hospital. Entretanto, o trajeto foi além de percorrer um caminho mais longo, a viatura ainda efetuou paradas sem justificativa. Por fim, o militar apresentou à delegacia armas que, posteriormente, se comprovou não pertencer aos irmãos.
Diante da vida interrompida de forma violenta e a tentativa de ainda macular a dignidade e memória de seus filhos, a mãe de Josivaldo e Josenildo, Maria de Fátima, vem buscado manter a única reivindicação possível neste momento: que a justiça efetivamente seja feita. O cabo Johnerson foi pronunciado em 1º de novembro e o júri deve acontecer no dia 25, às 8h, no Fórum do Barro Duro.
O Centro de Defesa dos Direitos Humanos, CEDECA Zumbi dos Palmares, vem acompanhado este caso, prestando assistência à acusação e à família. Em 2016, o crime foi amplamente repercutido pela imprensa e é neste sentido que nos colocamos à disposição para maiores detalhes.
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