MARECHAL DEODORO

Prefeito decreta situação de emergência por avanço do mar na comunidade

Barra Nova vive situação crítica com fenômeno que já provoca risco de desabamento de casas
Por Tamara Albuquerque 23/02/2022 - 18:07
Atualização: 23/02/2022 - 18:19
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Reprodução TV Gazeta
Mar avança sobre Barra Nova e coloca em risco residências e comércio local
Mar avança sobre Barra Nova e coloca em risco residências e comércio local

O prefeito de Marechal Deodoro, Cláudio Roberto Ayres, decretou situação de emergência no litoral do município, precisamente na Praia da Barra Nova, onde a erosão provocada pelo avanço do mar tem destruído vias públicas e equipamentos e gerado risco real de desabamento de casas na região. Em decreto publicado nesta quarta-feira, 23, no Diário Oficial, o prefeito expõe a situação crítica, que tem evoluído nos últimos meses, com o mar invadindo a comunidade cada vez mais forte.

Segundo o prefeito, o avanço do mar na região provocou perda substancial de faixa de areia e movimentação de toda contenção de pedras colocadas como barreiras. O documento revela que é possível observar a presença de escombros na praia em função do fenômeno natural cíclico e constatar graves danos ambientais, socioeconômicos e ao patrimônio público e privado.

O prefeito cita no documento que fatores agravantes da anormalidade estão identificados com prejuízos socioeconômicos e também ao turismo da região. Comenta a iminente danificação e destruição de vários comércios, pousadas, residências e instalações públicas na orla da Barra Nova. São prejuízos “econômicos e sociais de grande monta, gerando inquietação e tensão social na comunidade atingida”, avalia.

Cláudio Ayres comenta que as ações anteriores empreendidas pelo Poder Público e também em parceria com os comerciantes e proprietários de imóveis não surtiram os efeitos desejados sobre o problema. Além de ineficazes, as ações teriam agravado os danos ao meio ambiente, pois são medidas desordenadas e adotadas em momento de desespero, como a colocação de sacos com areia ao longo da margem para servirem como barreira. O prefeito considera a situação um desastre recorrente e que trava o desenvolvimento do município.

Como decreto instituindo a situação e emergência, a prefeitura está autorizada a adotar medidas contingenciais e preventivas do Plano Emergencial de resposta a desastre, como a mobilização de recursos humanos, materiais e financeiros. O trabalho ficará nas mãos da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), que pode mobilizar todos os órgãos municipais para realização de obras de manutenção e reconstrução e reabilitação do cenário, segundo o decreto.

O prefeito também autorizou a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre de erosão pelo avanço do mar na região e realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade, com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada, sob a coordenação da Defesa Civil Municipal. Com a situação de emergência, o município está autorizado a fazer desapropriação, por utilidade pública, de propriedades particulares comprovadamente localizadas em áreas de risco intensificado de desastre.

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