ALAGOAS, PERNAMBUCO E SÃO PAULO

Falsa advogada é presa suspeita de aplicar golpes em pensionistas do INSS

Pelo menos 57 pessoas foram vítimas nos últimos dois anos de atuação
Por Bruno Fernandes 17/05/2022 - 13:43
Atualização: 17/05/2022 - 13:49
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Divulgação/ Polícia Civil
Caderno e quantia de dinheiro encontrada pela polícia
Caderno e quantia de dinheiro encontrada pela polícia

Um casal foi preso em flagrante pela Polícia Civil de Pernambuco nesta segunda-feira, 16, suspeito de cometer crime de estelionato em pelo menos 57 vítimas de Alagoas, Pernambuco e São Paulo nos últimos dois anos. Os detalhes foram revelados hoje, 17, durante coletiva de imprensa.

A mulher de 62 anos e um homem de 42 foram presos na Praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RM). Apesar da abrangência de locais, eles praticavam a maior parte dos golpes no bairro de Candeisas, em Jaboatão dos Guararapes.

De acordo com as investigações, o homem atuava como assessor e era o responsável por cooptar clientes, enquanto a mulher fingia ser advogada.

Grande parte das vítimas eram pessoas que tinham algum tipo de benefício para receber do INSS e cobravam em torno de R$ 1 mil e R$ 1.500 pelos serviços, que nunca eram prestados.

A prisão foi possível, explicou o delegado Ney Luiz durante coletiva à imprensa, porque uma das vítimas do golpe procurou a polícia após ter contratado o serviço e feito um pagamento antecipado na quantia de R$ 500.

O motivo da desconfiança da vítima aconteceu após a suposta advogada não ter apresentado em nenhum momento sua carteira da OAB mesmo quando solicitada num encontro presencial.

Os policiais foram informados de que haveria um novo encontro para o pagamento do dinheiro restante e acompanharam a vítima. No local, foi apreendido um caderno, onde constam as anotações com dados das 57 vítimas, contendo senha e login do INSS.

Eles foram presos em flagrante, mas soltos após audiência de custódia e devem responder em liberdade pelos crimes de estelionato e associação criminosa.

A pena prevista para estelionato varia de 1 a 5 anos e a por associação criminosa, de 1 a 3 anos. A polícia ainda investiga uma terceira pessoa suspeita de atuar em conjunto.

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