OPERAÇÃO LOKI

Polícia Civil indicia 77 pessoas por fraude em concursos públicos de Alagoas

Quadrilha também está envolvida em tráfico de drogas, pedofilia, falsidade documental, porte ilegal de arma de fogo e agiotagem
Por Bruno Fernandes 18/05/2022 - 15:37
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PC
Pelo menos 17 pessoas foram presas por fraude
Pelo menos 17 pessoas foram presas por fraude

Ao todo 77 pessoas foram indiciadas no inquérito que investiga fraudes em concursos públicos pelo Brasil, alvos da Operação Loki. A conclusão da investigação, deflagrada em outubro do ano passado, foi divulgada no começo da tarde desta quarta-feira, 18, por meio de uma coletiva de imprensa.

Entre os suspeitos indiciados, estão criminosos que integravam uma quadrilha e os concurseiros que compraram os gabaritos com o objetivo de conseguir aprovação de forma ilegal. Além do crime de fraude, a PC também descobriu que a quadrilha era responsável por esquemas de tráfico de drogas, pedofilia, falsidade documental, porte ilegal de arma de fogo e agiotagem.

Segundo a investigação, os candidatos pagavam até R$ 100 mil para serem aprovados nos certames e, na época, a operação provocou a suspensão dos concursos da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Alagoas.

Dos 77 indiciados, 20 candidatos utilizaram do esquema para tirar vantagem no concurso da Polícia Civil. Já 37 pessoas estão envolvidas em fraudes no concurso da Polícia Militar para soldado combatente, e 10, do mesmo concurso, para o cargo de Oficial.

Outros seis concurseiros que tentaram se tornar soldado do Corpo de Bombeiros também foram alvos da investigação e indiciados.

Repasse de respostas

A investigação apontou, ainda, que um membro da quadrilha se inscrevia com o único objetivo de, no dia da prova, sair o mais rápido possível com a prova para enviar aos ‘professores’.

Do lado de fora, os “especialistas” no assunto respondiam corretamente e encaminhavam para os candidatos que seriam beneficiados. Tudo era feito por meio de dispositivos eletrônicos.

Ao todo, 17 pessoas foram presas nos estados de Alagoas, Sergipe e Paraíba, entre eles um ex-policial militar do estado, apontado como chefe da organização criminosa.

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