RIO LARGO

Prefeito Gilberto Gonçalves é afastado do cargo, diz jornal

Gestor estaria participando de esquema criminoso de desvio de dinheiro
Por Com assessoria 11/08/2022 - 07:53
Atualização: 11/08/2022 - 10:15

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Assessoria
Operação Beco da Pecúnia
Operação Beco da Pecúnia

A Polícia Federal em Alagoas, com o apoio da Controladoria-Geral da União, deflagrou hoje a Operação Beco da Pecúnia, versando sobre a investigação de possíveis crimes de desvios de recursos públicos federais, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Serviço Único de Saúde (SUS), que teriam ocorrido no município de Rio Largo, sob administração do prefeito Gilberto Gonçalves (PP).

Foi determinado o afastamento cautelar de agentes públicos dos cargos, incluindo Gonçalves, que atualmente ocupam no município pelo prazo de 60 dias, proibição de frequentar órgãos públicos do município, proibição de manter contatos entre si e proibição de ausentar-se do país, devendo entregar o passaporte, além da imediata suspensão dos contratos entre as pessoas jurídicas e o município. A informação sobre o afastamento do prefeito foi divulgada pelo Bom Dia Brasil, da Rede Globo. 

PF na casa do prefeito Gilberto Gonçalves
PF na casa do prefeito Gilberto Gonçalves

De acordo com a investigação, teriam ocorrido possíveis ilegalidades nas contratações e respectivos pagamentos realizados pela prefeitura, em favor de duas pessoas jurídicas, para aquisições de material de construção, peças e serviços para veículos, as quais teriam recebido do citado município o valor aproximado de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).

Na data de hoje, estão sendo cumpridos 35 mandados judiciais de busca e apreensão em 6 municípios alagoanos (Maceió, Rio Largo, Messias, Paripueira, São Sebastião e Palmeira dos Índios) e 1 em São Paulo/SP, além do sequestro de bens móveis e imóveis para garantir o futuro ressarcimento aos cofres públicos no valor de R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais).

A investigação identificou que, entre 2019 e 2022, foram realizados 245 (duzentos e quarenta e cinco) saques “na boca do caixa” de contas de tais empresas, com o valor individual de R$ 49.000,00 (quarenta e nove mil reais), logo após terem recebido recursos de contas do município de Rio Largo/AL, visando burlar o sistema de controle do Banco Central/COAF que prevê a obrigatoriedade das instituições bancárias informarem automaticamente transações com valores iguais ou superiores a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).

Para executar os desvios e a ocultação da origem ilícita de tais valores, foram utilizados “laranjas”, tanto pessoas físicas, como jurídicas. Na ação estão sendo empregados 162 (cento e sessenta e dois) Policiais Federais nessa fase ostensiva da Operação. O nome da Operação (Beco da Pecúnia) é uma referência ao local onde a Polícia Federal flagrou quatro entregas de valores a pessoas vinculadas ao município de Rio Largo, logo após terem sido sacados por duas pessoas ligadas às empresas contratadas pelo município.

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