ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Sefaz faz uso de lei anticorrupção para investigar empresa em Maceió

Cartonale foi usada por empresários para desviar R$ 76 milhões
Por José Fernando Martins 12/02/2023 - 08:06

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Divulgação
Sede da Cartonale
Sede da Cartonale

Investigada por sonegação de impostos, a filial do grupo Car­tonale em Alagoas inaugurou uma nova ferramenta da Secreta­ria da Fazenda do Estado (Sefaz), que tem como objetivo pôr em prá­tica a lei de número 12.846/13, a conhecida Lei Anticorrupção. Alvo da operação “Plástico Quimérico”, desencadeada pelo Grupo de Atua­ção Especial em Sonegação Fiscal (Gaesf), do Ministério Público de Alagoas (MP-AL), a Cartonale é acusada de ser, na verdade, uma organização criminosa responsá­vel por diversos delitos e fraudes fiscais. No ano passado, a ação investigativa, que contou com bus­cas e apreensões, estimou que as fraudes aconteceram por meio da emissão de mais de 5.592 mil notas fiscais falsas, no valor aproximado de R$ 76 milhões.

A suposta quadrilha seria formada por gestores, familiares e funcionários do próprio grupo Cartonale, o qual se utilizaria de mecanismos ilícitos para criar uma variedade de empresas de fachada. Dessa forma, a empresa conseguia uma brecha para furar o cumprimento das obrigações tribu­tárias, prejudicando a fiscalização do erário quanto às suas movimen­tações financeiras.

Instalada em Alagoas sob o CNPJ de número 04.051.261/0004-34, a empresa do grupo Cartonale em Maceió – Car­tonale Indústria e Beneficiamento de Materiais Plásticos – está lo­calizada na Avenida Gama Lins, na Cidade Universitária, uma via residencial repleta de casas hu­mildes. Com quase três anos de “idade”, o capital social declarado à Receita Federal é de R$ 2,2 mi­lhões.


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