ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
Sefaz faz uso de lei anticorrupção para investigar empresa em Maceió
Cartonale foi usada por empresários para desviar R$ 76 milhõesInvestigada por sonegação de impostos, a filial do grupo Cartonale em Alagoas inaugurou uma nova ferramenta da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz), que tem como objetivo pôr em prática a lei de número 12.846/13, a conhecida Lei Anticorrupção. Alvo da operação “Plástico Quimérico”, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal (Gaesf), do Ministério Público de Alagoas (MP-AL), a Cartonale é acusada de ser, na verdade, uma organização criminosa responsável por diversos delitos e fraudes fiscais. No ano passado, a ação investigativa, que contou com buscas e apreensões, estimou que as fraudes aconteceram por meio da emissão de mais de 5.592 mil notas fiscais falsas, no valor aproximado de R$ 76 milhões.
A suposta quadrilha seria formada por gestores, familiares e funcionários do próprio grupo Cartonale, o qual se utilizaria de mecanismos ilícitos para criar uma variedade de empresas de fachada. Dessa forma, a empresa conseguia uma brecha para furar o cumprimento das obrigações tributárias, prejudicando a fiscalização do erário quanto às suas movimentações financeiras.
Instalada em Alagoas sob o CNPJ de número 04.051.261/0004-34, a empresa do grupo Cartonale em Maceió – Cartonale Indústria e Beneficiamento de Materiais Plásticos – está localizada na Avenida Gama Lins, na Cidade Universitária, uma via residencial repleta de casas humildes. Com quase três anos de “idade”, o capital social declarado à Receita Federal é de R$ 2,2 milhões.
Leia a matéria na íntegra no Jornal Extra, nas bancas!