Inquérito aponta erro médico em caso de idosa que teve perna amputada no HGE

A Polícia Civil de Alagoas concluiu o inquérito que investigou se houve erro médico na amputação da perna de uma paciente idosa, caso ocorrido em 2021 no Hospital Geral do Estado (HGE). Cinco profissionais da equipe foram indiciados pelos crimes de lesão corporal grave e supressão de documento público. O resultado do inquérito, portanto, foi de que houve negligência e lesão corporal grave, além da falta de cumprimento dos protocolos do Ministério da Saúde sobre segurança na cirurgia, que prevê a conversa da equipe com o paciente antes do procedimento.

O inquérito foi remetido ao Ministério Público do Estado para avaliação e oferta de denúncia, se for o caso. A equipe vai responder às acusações em liberdade. Por enquanto, os profissionais estão afastados das atividades por determinação da direção do hospital.

Maria José Araújo Almeida, de 73 anos, deveria ter sido submetida a um procedimento para corrigir uma fratura no tornozelo. Porém, quando acordou no leito estava sem a perna, amputada na altura da coxa. O erro no procedimento foi observado momento após a cirurgia e a direção do HGE justificou que havia duas pacientes com o mesmo nome, o que confundiu a equipe.

O delegado responsável pelo caso, Robervaldo Davino, disse em entrevista que a equipe médica não conversou com a paciente e que foi constatado que dois médicos suprimiram folhas do prontuário que poderiam comprometê-los. 

O diretor do HGE, Rodrigo Melo, informou que a idosa será assistida pelo Estado até que se recupere totalmente. "Todo apoio vai ser dado para tentar minimizar esse dano", disse.