JUSTIÇA DE ALAGOAS
Acusados de matar Roberta Dias há 11 anos vão a júri popular
Jovem grávida teve a morte encomendada pela sogra, segundo denúncia do MP
Karlo Bruno Pereira Tavares e Mary Jane Araújo, acusados da morte da jovem grávida Roberta Dias vão a júri popular. Eles foram pronunciados ontem, 3, 11 anos após o crime pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) e a data deve ser definida nos próximos dias.
relacionadas_esquerdaEles são mãe e amigo de Saulo de Thasso Araújo Santos, pai do filho que Roberta estava esperando. Os dois respondem ao processo em liberdade.
Saulo não é processado nessa ação penal. Ele só é citado na denúncia quando o MP fala sobre o crime.
O caso
Roberta Dias, desaparecida em abril de 2012, sofreu reviravolta em maio de 2018, quando um áudio mostrando o diálogo de duas pessoas vazou. Na gravação, que chegou a ser periciada pela Polícia Federal, Karlo Bruno confessa que participou do sequestro da vítima e que a matou asfixiada com o emprego de um fio de extensão de som automotivo, crime praticado na presença do namorado e pai do filho que a jovem esperava.
Após análise do áudio, o Ministério Público de Alagoas concluiu também que a sogra de Roberta Dias, Mary Jane, “foi a mentora e financiadora da empreitada criminosa”.
A avó do filho da jovem e Karlo Bruno foram denunciados por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima); ocultação de cadáver e aborto provocado por terceiro.
A ossada de Roberta só foi encontrada nove anos depois do crime, no Pontal do Peba, na cidade de Piaçabuçu. Ela foi sepultada em novembro de 2011.
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