Operação da PF em Alagoas desmantela esquema de fraudes contra o INSS

Nesta terça-feira, 19, a Polícia Federal (PF) em Alagoas desencadeou a "Operação Reatividade" para desmantelar uma quadrilha especializada em fraudes relacionadas à concessão de benefícios previdenciários no Estado, causando um prejuízo estimado de R$ 2,6 milhões à Previdência.

Três mandados judiciais de busca e apreensão estão sendo executados, dois em Penedo/AL e um em São Paulo/SP, todos emitidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Alagoas.

As fraudes foram descobertas no final de 2022, quando o INSS reportou suspeitas de instalação ilegal de dispositivos, conhecidos como "chupa-cabras", na Agência da Previdência Social em Penedo/AL. Esses dispositivos permitiram o acesso aos sistemas corporativos e a coleta de informações da rede da agência, resultando em fraudes em benefícios previdenciários, incluindo a reativação de pagamentos cancelados e a concessão de novos benefícios.

A investigação revelou que uma pessoa teve acesso facilitado às instalações da agência por um vigilante terceirizado. Essa pessoa instalou o "chupa-cabra", obtendo informações que possibilitaram as fraudes investigadas.

Durante o monitoramento operacional de benefícios, o INSS identificou que 2.459 benefícios foram reativados ilegalmente com base nas informações coletadas pelo dispositivo na APS/Penedo.

O prejuízo potencial foi calculado em R$ 105.270.252,20, mas o INSS conseguiu evitar o pagamento de R$ 102.629.563,13. O prejuízo efetivo identificado na investigação totalizou R$ 2.640.689,07.

As condutas investigadas configuram crimes conforme os artigos 154-A c/c 154-B em concurso material com art.171, § 3°, todos do Código Penal, sem prejuízo de outros que possam ser descobertos durante as investigações.

O nome da operação, "Reatividade", destaca as reativações fraudulentas de benefícios previdenciários, que foram o principal alvo da ação criminosa contra o INSS.

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