Defensoria cobra contratação de cardiologista pediátrico para o HU da Ufal

A falta de médico cardiologista pediátrico no Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), situação verificada desde janeiro deste ano, levou à Defensoria Pública da União, em Alagoas, a entrar com ação na Justiça Federal onde cobra a contratação do especialista para a unidade. O defensor público Diego Alves aguarda um parecer favorável na liminar impetrada para reverter o problema, que é grave, principalmente porque o hospital é referência no estado para o atendimento à gestantes de alto risco e possui uma UTI Neonatal.

O superintendente do Hospital Universitário, Célio Fernando de Souza Rodrigues, informa que já comunicou a situação ao Ministério Público Federal e aguarda a realização de um processo seletivo para contratação do profissional. Segundo ele, o número cardiologistas pediátricos em Alagoas é pequeno, mas quando há necessidade, o hospital aciona a rede estadual para garantir a assistência aos bebês. O processo, no entanto, não é célere o suficiente para afastar os recém-nascidos que apresentam problemas de saúde e precisam do diagnóstico sobre cardiopatias.

Além da ausência de cardiologistas pediátricos, o Hospital Universitário enfrenta atualmente uma superlotação na UTI Neonatal. Todos os leitos da unidade estavam ocupados nesta sexta-feira. Para atender à demanda, o hospital estava com leitos extras no centro obstétrico, situação inapropriada, segundo o superintendente.

Célio Fernando disse a situação de superlotação na UTI Neonatal é recorrente porque a assistência em Alagoas tem carência de leitos e profissionais. A rede pública conta apenas com o serviço no HU e na Maternidade Santa Mônica. Ele revelou que a superlotação é do conhecimento da Secretaria de Estado de Saúde e que já levou ao gestor a sugestão de abertura da maternidade e UTI no Hospital Ib Gatto, em Rio Largo.

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