ELEIÇÕES

Compra de hospital vira grito de guerra para 2026

JHC é pressionado a dar explicações, enquanto segue favorito para a reeleição
Por Odilon Rios - Especial para o EXTRA 22/10/2023 - 12:07

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Agência Senado e Agência Câmara
O senador Renan Calheiros e o prefeito de Maceió, JHC
O senador Renan Calheiros e o prefeito de Maceió, JHC

Rufam os tambores da guerra no calheirismo. A compra do Hospital do Coração pela gestão JHC (PL) mostra que o senador Renan Calheiros (MDB) pensa no futuro: quer tirar o prefeito de Maceió do caminho do Palácio República dos Palmares em 2026. Também mostra que o prefeito não tem um grupo coeso e depende dos prefeitos que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), carrega nos bolsos do paletó.

O MDB denunciou a compra do hospital ao Ministério Público Estadual (MPE) e Tribunal de Contas do Estado (TCE). Os grupos políticos não acreditam em milagres - e as investigações não devem prosperar. Ao mesmo tempo, ganha-se tempo no entorno de Calheiros. No Palácio República dos Palmares seguem cotados na disputa municipal - para enfrentar o prefeito - o deputado estadual Alexandre Ayres (MDB); o deputado federal Rafael Brito, que preside o MDB Maceió; o deputado estadual Ronaldo Medeiros, filiado ao PT. 

Outros nomes de menor peso eleitoral devem surgir, todos com um objetivo comum: dividir a base de JHC, hoje com aprovação popular de 68%, segundo levantamento realizado pelo MDB. Jota já alcançou 80%. Na Câmara de Vereadores da capital, a expectativa é a construção de um chapão para abrigar os aliados jotistas. Ainda não se sabe se o prefeito permanecerá no PL, legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, multi investigado por patrocinar uma tentativa de golpe de Estado e inelegível até 2030. 

O presidente da Câmara, Galba Netto (MDB), e o líder do prefeito no legislativo municipal, Chico Filho (MDB), são os que costuram o chapão. Há expectativas de baixas. Leonardo Dias (PL), aspone do direitismo extremista local, faz acordos em busca de votos com Galba Netto e Chico Filho em busca da reeleição, enquanto surgem outros nomes seguindo o bolsonarismo e que serão candidatos a vagas na Câmara. 

Enquanto isso, o Governo construiu uma base de oposição ao prefeito na Câmara, mas ainda pouco expressiva que, porém, começou a ser organizada nas últimas semanas desde que Renan Calheiros pessoalmente resolveu se envolver no xadrez eleitoral da capital, tanto nas negociações envolvendo o estrago urbano causado pela Braskem quanto estimulando, via MDB, investigações sobre o Hospital do Coração.

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