MEDIDAS DE SEGURANÇA
Defesa Civil exige que Braskem realize com urgência estudo de sonar das minas 20, 21 e 29
Minas não estão preenchidas nem pressurizadas e estão na área de influência da mina 18
Como parte da potencialização das medidas preventivas e de segurança, o Governo de Alagoas, por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, solicitou que a Braskem realize com urgência o estudo de sonar das minas 20, 21 e 29, uma vez que elas estão dentro da área de influência da mina 18. Além disso, segundo a Defesa Civil, as três não estariam preenchidas e nem pressurizadas, bem como se encontrariam fora da camada de sal, tornando-se assim uma região vulnerável e propícia ao desabamento. relacionadas_direita
Ainda de acordo com o coronel, a Defesa Civil Estadual tem tido acesso aos laudos técnicos, relatórios, dados e informações passadas pela Braskem, bem como a empresa contribui para processo de apuração das causas do evento da mina 18. “Após início do problema com a mina 18 nos foi concedido acesso a plataforma de dados de monitoramento dos equipamentos instalados pela Braskem, com relação à laguna Mundaú”, disse.
Além disso, o coronel Moisés ressaltou que a Defesa Civil Estadual tem atuado junto ao Ministério Público Estadual e ao Federal e também com o Judiciário na busca de subsidiar com informações técnicas as ações de fiscalização, cobrança e punição dos responsáveis pela exploração do solo pela Braskem. “Todas as informações técnicas e laudos, são encaminhados para os órgãos competentes, a fim de que todas as providências para responsabilização dos culpados sejam adotadas”, destacou.
O coronel Moisés destacou ainda que a Defesa Civil está apoiando e acompanhando os estudos realizados pelos pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em relação à qualidade da água e à movimentação do solo abaixo da laguna. Quanto à situação atual da mina 18, que sofreu colapso completo, o coordenador da Defesa Civil Estadual disse que e a movimentação que se observa é a de compactação do solo e a formação do ângulo de repouso.
Já em relação à Operação Lágrimas de Sal, deflagrada pela Polícia Federal para investigar as ações da Braskem, o coronel Moisés disse que o órgão estadual ainda não recebeu nenhum comunicado para contribuir com o andamento do caso. “Estamos sempre à disposição para ajudar os moradores afetados e contribuir para que a Braskem seja responsabilizada pelo mal que causou no estado de Alagoas”, disse.
O que diz a Braskem
Por meio de nota, a Braskem esclareceu que as cavidades 20, 21 e 29 são monitoradas pela rede de equipamentos instalada na região, que tem capacidade para detectar mínimos movimentos na superfície e em profundidade. A empresa informou ainda que, até o momento, a movimentação continua concentrada na área da cavidade 18, que no dia 10 de dezembro último apresentou indicação de movimento no solo da lagoa Mundaú (colapso). Por fim, explicou que aguarda aprovação da Defesas Civis Nacional e Municipal para executar os exames de sonar nas três cavidades.
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