MP quer uso de câmera corporal após morte de homem em shopping

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) está acompanhando as investigações em torno da morte de José Bernardo Correia, de 45 anos, ocorrida na tarde da última quinta-feira, 25, após um possível surto psicótico no Maceió Shopping, parte baixa da cidade. Em entrevista ao Fique Alerta, o promotor de justiça Magno Alexandre Moura reforçou a necessidade da implementação de câmeras corporais e armas não letais pela Polícia Militar em situações semelhantes.

"Sem sombra de dúvidas há uma necessidade de implementação urgente das câmeras corporais por parte da Polícia Militar de Alagoas, das forças de segurança. Com isso, na primeira abordagem, no uso proporcional da força, a situação que se apresenta não se pode usar armas letais. Porque certamente a vida da pessoa vem a ser o bem maior atingido. Então, há necessidade de que se use primeiramente armas não letais", destacou o promotor.

Magno Alexandre informou que tanto o Ministério Público Estadual quanto o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos já recomendaram e realizaram um estudo técnico sobre o assunto, inclusive visitando outras unidades da federação. "Demonstrando o quanto isso só ganha a população e a própria corporação, da transparência dos atos que são praticados para manter a ordem pública e resguardar o patrimônio e as vidas das pessoas", complementou.

A Polícia Civil instaurou um procedimento para investigar as circunstâncias da morte de José Bernardo Correia. Além das intimações, a polícia já solicitou imagens do circuito de segurança do shopping. Seguranças que participaram da abordagem serão ouvidos na próxima segunda-feira (29).

Em relação ao caso, o promotor ressaltou a importância das câmeras corporais para esclarecer rapidamente e de forma transparente o ocorrido. Ele enfatizou que isso é fundamental tanto para o policial quanto para os familiares da vítima e a sociedade, para demonstrar a necessidade das técnicas empregadas na contenção da situação.