SANEAMENTO

Maceió entra na lista das piores cidades em serviço de coleta de esgoto

Dados são da Comissão de Meio Ambiente do Senado
Por Redação com Brasil61 08/03/2024 - 09:00

ACESSIBILIDADE

Divulgação
Esgoto in natura corre para praia em Maragogi, contaminando areia e as águas
Esgoto in natura corre para praia em Maragogi, contaminando areia e as águas

Maceió entra na lista das piores cidades em termos de disponibilidade de coleta de esgoto. No país, a desigualdade regional se agrava e entre os 20 municípios com melhor infraestrutura, 95,52% dos moradores têm acesso ao serviço, mas o percentual entre os 20 piores é de 31,78%. Os dados são do relatório elaborado pela Comissão de Meio Ambiente do Senado para avaliar a Política Nacional de Saneamento Básico (Lei 11.445, de 2007).

O documento da CMA destaca que nas 20 melhores cidades, o investimento médio anual em saneamento básico, entre 2016 e 2020, foi de R$ 135,24 por habitante, enquanto, nas 20 piores, foi de apenas 48,90 reais. Em Macapá (AP), por exemplo, foi de apenas 11,25 reais per capita. A região tem apenas 37% da população com acesso à água potável. O nível de atendimento é bem menor que a média nacional (84,2%), conforme os dados.



Confira os piores e os melhores municípios:
As 20 piores cidades: Além de Maceió, o relatório aponta Macapá (AP), Marabá (PA), Porto Velho (RO), Santarém (PA), São Gonçalo (RJ), Belém (PA), Rio Branco (AC), Várzea Grande (MT), Ananindeua (PA), Duque de Caxias (RJ), São João de Meriti (RJ), Gravataí (RS), Jaboatão dos Guararapes (PE), São Luís (MA), Belford Roxo (RJ), Pelotas (RS), Manaus (AM), Cariacica (ES) e Caucaia (CE).

As 20 melhores cidades são: São José do Rio Preto (SP), Santos (SP), Uberlândia (MG), Niterói (RJ), Limeira (SP), Piracicaba (SP), São Paulo (SP), São José dos Pinhais (PR), Franca (SP), Cascavel (PR), Ponta Grossa (PR), Sorocaba (SP), Suzano (SP), Maringá (PR), Curitiba (PR), Palmas (TO), Campina Grande (PB), Vitória da Conquista (BA), Londrina (PR) e Brasília (DF).

Conforme a presidente executiva do Trata Brasil, Luana Pretto, o investimento médio tem sido de R$ 20 bilhões, ao ano, sendo que o valor deveria ser de R$ 44,8 bilhões. “A gente precisa mais que dobrar esse volume de investimentos em saneamento básico. E como a gente consegue isso? A gente precisa aumentar esse volume de investimentos com uma união de esforços entre o serviço público e o privado, se quiser atingir a universalização do acesso”, aponta.

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